classicos sopa seca
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Faz este mês (maio) um ano que quatro amigos oficializaram a “paixão” pelos carros clássicos e juntos criaram o grupo “Clássicos Terra da Sopa Seca”. José Sousa, Daniel Silva, Ricardo Rocha e Hélio Silva são amigos de infância e já há “alguns anos” que se juntavam em convívios. “O ano passado percorremos o rali de clássicos e aí começou a despertar e as pessoas também nos incentivaram. Em maio, o grupo começou a crescer e foram-se juntando a nós”, começa por contar um dos elementos, Hélio Silva.

O clube penafidelense de automóveis antigos começou com quatro carros e, hoje, são já cerca de 40, uma vez que “existiam alguns carros na freguesia fechados numa garagem, porque não havia este movimento. Começaram a sair e foram aparecendo aos poucos”.

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O gosto pelos clássicos é comum, mas as motivações diferem entre cada um dos amigos. No seu caso, Hélio Silva recorda que “sempre quis” ter um carro antigo, o mesmo que o pai teve quando nasceu. “Não consegui, mas arranjei um modelo parecido. Foi sempre uma questão sentimental e familiar e foi, por isso, que comprei o clássico”, conta.

Quanto ao nome do grupo, Hélio Silva explica que, entre todos, perceberam que “devia ser algo alusivo” à freguesia de Duas Igrejas, então conhecida com a terra da Sopa Seca. “Decidimos então aliar os clássicos à marca, para também podermos promover a freguesia”. E, assim nasceu o nome “Clássicos Terra da Sopa Seca”.

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As tradições dos quatro amigos não são muitas, a não ser os “passeios matinais de domingo. Combinamos encontrar-nos e vamos tomar um café”. Mas nem sempre se cumpre este hábito, porque, como nos diz, “os clássicos requerem muito cuidado”. Cuidados esses que “são muitos. Se estiver a chover não saímos com o carro, se estiver muito sol também não saímos. Nunca devemos guardar um carro húmido por exemplo. Há coisas que temos de estar sempre atentos e ter muito cuidado, porque são carros com mais dificuldade em arranjar peças”.

Hélio Silva tem um toyota com 50 anos e garante cuidar dele “como se fosse um filho”, diz em tom de brincadeira. “Não ando diariamente com o meu carro no Inverno, mas todas as semanas vou ao carro ver se está tudo bem e se está em condições para quando precisar dele”, conta.

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Mas o que leva estes quatros amigos a dedicarem-se tanto a esta paixão? O penafidelense responde sem qualquer dúvida: “É o cheiro a gasolina e o trabalhar do motor, que é totalmente diferente dos carros atuais. Só mesmo quem conduz um carro clássico percebe a diferença entre um clássico e um normal. É preciso mesmo gostar”.

A paixão é transmitida em cada descrição que faz dos carros e partilhada nos encontros de grupos em que participam. O tema é, inevitavelmente, os clássicos e a pergunta mais ouvida é sobre “a originalidade do carro. Normalmente quem vai ver este tipo de encontros são as pessoas mais velhas, que já tiveram carros iguais. Acabam por recordar o passado e perguntam-nos se mantemos o carro original, porque um carro clássico tem de ser original. Muitas vezes, até nos dão odeias para melhorarmos alguns aspetos”.

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Apesar dos ‘adeptos’ deste tipo de carros serem, na sua maioria, “pessoas mais velhas”, Hélio Silva tem notado que “o aumento da curiosidade de muitas pessoas novas, inclusive casais novos que vêm para ver os clássicos. Está a começar a incutir-se na vida de todos e a deixar de ser só um carro de história para os mais velhos, mas também a passar para as novas gerações”

Freguesia de Duas Igrejas acolheu primeiro ‘Vintage Car Festival’

O grupo de Clássicos Terra da Sopa Seca, promoveu no dia 20 de maio, o primeiro Vintage Car Festival. O evento decorreu no Centro Cívico de Duas Igrejas e contou com a exposição de cerca de 200 carros clássicos.

De acordo com a organização, “passaram pelo evento mais de mil visitantes. Foi um festival com exposição de carros, música anos 70/80/90 e com uma benção de carros feita pelo Padre de Duas Igrejas. Contamos com participantes de todo o país, alguns acamparam num espaço criado por nós, com as condições necessárias”.

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Para além da promoção dos carros, o grupo de Clássicos Terra da Sopa Seca garante que levou “mais longe o nome e marca da freguesia. Com este evento conseguimos reunir pessoas de todo o país, que gostam deste tipo de carros”.

A organização agradece o apoio dos “patrocinadores, Junta de Freguesia de Duas Igrejas, Câmara Municipal de Penafiel. Um agradecimento que se estende “a todos os convidados, grupos e individuais, e aos visitantes”.