cim tamega e sousa mosteiro ancede setembro 2023
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Realizou-se no dia 26, no auditório do MACC Baião – Mosteiro de Ancede Centro Cultural, o seminário “Douro, Tâmega e Sousa – Onde se visita um território que inventou um país”. Em debate esteve a estratégia de promoção turística da região.

O encontro coincidiu com o encerramento do atual quadro comunitário, no qual a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa liderou uma Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE – Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos com foco temático no turismo, um programa destinado a territórios de baixa densidade, como é o caso, na região do Douro, Tâmega e Sousa, de sete dos seu 11 concelhos – Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende –, mas também com a preparação das linhas de ação desta região para o próximo ciclo de programação dos fundos europeus.

O debate reuniu autarcas da região e os principais parceiros públicos e privados desta estratégia, que realizaram uma retrospetiva do trabalho em rede realizado e dos investimentos públicos e privados realizados. “Achámos que fazia sentido, agora que estamos a fechar um quadro comunitário e a começar outro, fazer um balanço e mostrar aos nossos concidadãos aquilo que se vai fazendo em cada um dos concelhos. Uma nota a destacar é que todos os presidentes que fizeram a apresentação dos seus projetos neste seminário admitem que os mesmo não são concorrentes entre si, que não há concorrência entre os municípios, que temos de continuar a trabalhar conjuntamente, de uma forma concertada, para que, efetivamente, os efeitos positivos que cada um dos municípios tem ao nível do turismo possam também ser aproveitados pelo município vizinho”, referiu o presidente do Conselho Intermunicipal da CIM do Tâmega e Sousa, Pedro Machado, que moderou o primeiro painel deste seminário.

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Para o Presidente do Conselho Intermunicipal da CIM do Tâmega e Sousa, “o PROVERE é um instrumento fundamental para a sub-região, que tem concelhos de pequena e média dimensão, com orçamentos muito limitados, que seriam manifestamente insuficientes para realizar um conjunto de necessidades que o território tem”, pelo que a expectativa é a de que, no futuro, que este tipo de abordagem continue.

Foi também um dos objetivos deste seminário perspetivar o futuro do turismo na região, contando, com a participação do presidente da CCDR-N e da Autoridade de Gestão do Norte 2030, António M. Cunha, que reconheceu a importância das estratégias PROVERE para as regiões de baixa densidade. “São programas vocacionados para estas regiões e são, de facto, essenciais para o seu desenvolvimento, para a sua atratividade, para o reforço do turismo”, afirmou.

Quanto ao investimento futuro, o presidente da CCDR-N e da Autoridade de Gestão do Norte 2030 fez uma análise comparativa do que é expectável com a realidade do atual quadro comunitário. “O programa PROVERE para toda a região Norte começou com uma dotação inicial de pouco mais de 20 milhões de euros e acabou com a dotação total de 71 milhões de euros. Agora, estamos a começar em 75 milhões de euros e ainda não conseguimos saber em quanto vai acabar, até porque isso depende de toda a dinâmica do projeto, mas certamente, pelo menos, teremos uma dotação idêntica ou ligeiramente superior àquela que aconteceu no programa anterior”.

No seminário participaram ainda o presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, o vogal executivo do Norte 2030, Humberto Cerqueira, e o coordenador do Departamento de Turismo e Lazer da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Politécnico do Porto, Luís Correia, num painel moderado pelo jornalista da TVI, Vítor Pinto, a chefe da equipa de Investimento e Promoção Territorial da CIM do Tâmega e Sousa, Susana Alves, o secretário-geral da AMDT – Associação de Municípios do Douro e Tâmega, Ricardo Magalhães, o técnico superior da VALSOUSA – Associação de Municípios do Vale do Sousa / Rota do Românico, António Coelho, o coordenador da Ader-Sousa – Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa, José Sousa Guedes, e o coordenador da Dolmen – Desenvolvimento Local e Regional, Luís Soares, cujas intervenções foram moderadas pelo primeiro-secretário do Secretariado Executivo da CIM do Tâmega e Sousa, Telmo Pinto.