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CHTS deu início a tratamentos hemato-oncológicos: "um passo em frente na qualidade"

Redação

Esta quarta-feira, dia 15 de novembro, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa deu "um passo em frente" na "qualidade assistencial à população", com a inauguração do Hospital de Dia hemato-oncológico. Neste novo serviço, para além do diagnóstico que já era feito, vão ser realizados "todos os tratamentos e a vigilâncias necessários para pessoas com cancros de vários tipos", começa por explicar Carolina Marini, médica da unidade de hematologia do CHTS.

Um doente que, até então, teria de se deslocar ao Porto para realizar os tratamentos, pode agora fazê-lo nesta unidade hospitalar. "Os doentes que tivessem diagnóstico de doença maligna tinham de ser encaminhados para hospitais do Porto (IPO ou Hospital de São João), mas neste momento vão poder começar a ser tratados cá e fazer toda a vigilância em termos de análises, exames, tudo o que seja necessário para o melhor tratamento possível da sua doença", reforça a médica.

Relativamente à referenciação dos doentes para este novo serviço no CHTS, Carolina Marini explica que "na hematologia existe por parte dos centros de saúde para cá. Qualquer doente que seja desta área, pode ser encaminhados para este hospital". Na vertente da oncologia, o processo será feito "de forma faseada. Inicialmente, vamos começar com o cancro da mama e depois, durante o próximo ano, vamos abranger as patologias mais frequentes. A nossa capacidade instalada é este hospital de dia, que é polivalente e, por isso, é que a introdução vai ser faseada, para ir adaptando os recursos existentes e de acordo com a nossa capacidade de resposta", frisa Iolanda Mendes, médica da unidade de oncologia.

Esta será uma nova fase de tratamento oncológico no CHTS que arrancou esta quarta-feira com dois doentes diagnosticados com doença maligna do sangue e que iniciaram um tratamento de imunoterapia.

A equipa inicial é composta por quatro médicas (três da unidade de oncologia e uma da unidade de hematologia), duas enfermeiras e uma auxiliar. "O objetivo é aumentar, para podermos dar resposta adequada às necessidades da população", garantem.

Ao longo dos últimos anos, o CHTS tem vindo "a alargar, significativamente, novas especialidades, e a implementar novos tratamentos nas especialidades já existentes" e, por isso, para o presidente do Conselho de Administração a inauguração do Hospital de Dia hemato-oncológico é "um passo em frente naquilo que é a nossa qualidade assistencial à população. Claro que temos algumas limitações, nomeadamente de espaço, mas dentro dos possíveis vamos alargando".

Em declarações aos jornalistas, Carlos Alberto revelou que "há mais coisas a acontecer" para além do novo serviço de tratamentos oncológicos, dando nota de "doentes que fazem hoje primeira vez a ressonância magnética com apoio da anestesia (doentes ventilados). Nunca existiu, há pouco mais de um ano nem havia ressonância magnética no hospital. É uma marca da evolução e do caráter gradual que temos vindo a implementar". Para além disso, enalteceu a chegada de um angiógrafo, "que vai dar apoio à cardiologia para exames de hemodinâmica. Mais um passo significativo no reforço da cardiologia".

Para 2024, está prevista a criação da ULS (Unidade Local de Saúde) do Tâmega e Sousa e nesse sentido, o presidente do Conselho de Administração reforça a importância de uma resposta de "proximidade. Tudo isto faz cada vez mais sentido. Num cenário de grandes dificuldades, que o país e o SNS têm vivido, acho que há sinais muito positivos que devem ser passados à população, de que estamos preocupados em dar uma resposta assistencial cada vez mais qualificada".

A concluir as declarações, Carlos Alberto destacou que "o que está a acontecer no CHTS são coisas que estão a ser pensadas muito para além desta conjuntura das dificuldades da urgência. Houve necessidade de criar as condições, para que hoje possamos receber os primeiros doentes e, de forma gradual, ir alargando o âmbito dos tratamentos. É um motivo de grande satisfação", concluiu.