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A China vai aumentar, a partir do próximo ano, a idade da reforma dos seus cidadãos para os 63 anos, um alargamento necessário para a economia do país que enfrenta uma população e uma força de trabalho cada vez mais envelhecida. Em Portugal, a reforma está em 66 anos e quatro meses, mas terá tendência a aumentar.

A idade de reforma atual é de 60 anos para os homens e 50 anos para as mulheres, o que leva a que seja uma das idades de reforma mais baixas do mundo. Recorde-se que em Portugal a idade normal de acesso à reforma sem penalizações para 2024 é de 66 anos e quatro meses, semelhante à de 2023, contudo, em 2025 a idade de acesso à reforma vai subir para os 66 anos e sete meses.

Os órgãos legislativos chineses divulgaram, através da televisão estatal chinesa, que esta nova política vai passar a ser aplicada a partir de janeiro do próximo ano. A mudança de política será realizada ao longo de 15 anos.

Assim, com esta nova medida a reforma dos homens chineses vai aumentar para 63 anos e a das mulheres para 55 e 58 anos, consoante as suas profissões.

“Há mais pessoas a entrar na idade da reforma e, por isso, o fundo de pensões enfrenta grande pressão, razão pela qual penso que chegou a altura de agir”, salienta Xiujian Peng, investigador da Universidade de Victoria, na Austrália, que estuda a população chinesa e as suas ligações à economia.

Em Portugal, a lei indica que a idade da reforma é determinada com base na esperança média de vida aos 65 anos. Assim, em novembro de cada ano, o Instituto Nacional de Estatística (INE) calcula uma estimativa provisória desse indicador, que permite logo calcular a idade da reforma, embora só seja confirmada na primavera do ano seguinte.

Os dados recolhidos pelo INE em 2023 e 2024 indicam que a idade de acesso à pensão de velhice em 2025 irá fixar-se em 66 anos e sete meses.