No início de 2025, a entrada em funcionamento da Central de Transportes de Penafiel – 1 de janeiro (início da concessão rodoviária) – marcará uma “revolução no domínio da mobilidade, para Penafiel e para todos os concelhos”.
Uma garantia dada por Antonino de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Penafiel, durante a assinatura do contrato com o consórcio de transportes públicos EXPRESSDIAGRAM, que decorreu na Central de Transportes, na manhã desta sexta-feira, 11 de outubro.
O equipamento, que se encontra localizada em frente à Estação de Caminhos de Ferro de Novelas, tem como objetivo melhorar a eficiência da oferta de transportes públicos de passageiros e a intermodalidade no concelho. “Foram vários os percalços que foram surgindo, mas esperemos que as arestas que foram, entretanto, limadas permitam que a concessão inicie sem sobressaltos”.
O acordo assinado incluiu a gestão e operacionalização da nova Central de Transportes de Penafiel, que passará a ser o principal polo de transportes públicos da região. “Este projeto resulta de uma estratégia de alguns anos, com dois objetivos: criar melhores condições de mobilidade e ter uma nova área de expansão da cidade, porque começam a ficar reunidas as condições para que este possa ser um espaço bom para viver, vai ter mobilidade com qualidade”, explicou Antonino de Sousa, que destacou um momento “histórico, por tudo o que vai significar o que está a acontecer. É uma verdadeira revolução no domínio da mobilidade para Penafiel e para todos os concelhos”, enalteceu.
O protocolo assinado prevê que a Valpi assuma a gestão do equipamento, assim como da estação da mobilidade, localizada bem no centro da cidade. “A VALPI é uma grande instituição no concelho e é fundamental ter uma parceria que sabe como gerir um equipamento com estas características”, frisou o autarca.
O contrato tem a duração de cinco anos, o mesmo prazo da concessão, havendo a possibilidade de renovação.
Na celebração do contrato, foi anunciada, ainda, a alienação de um terreno à empresa, por parte do município, situado em frente à Central de Transportes, que visa “promover a criação de condições para a VALPI”, que até setembro de 2025 terá de encerrar a atividade nas instalações que ocupa atualmente. “Vão deixar de ser um constrangimento para a cidade e vão potenciar outras áreas naquele mesmo local”.
A parceria entre município e a VALPI demonstra a “forte aposta da nossa parte e o nosso empenho em promover a cidade e oferecer um bom serviço de transportes”, afirmou Nelson Lopes, administrador da empresa, que destacou o investimento na ordem dos sete milhões de euros na frota, “em equipamentos novos, na maioria”.
O representante da VALPI apontou, ainda, para uma questão “importante: a possibilidade de utilização de 100% de biodisel”, que resultará numa redução de emissão de carbono “de cerca de 84%. Paralelamente, e para melhorar a qualidade da nossa oferta, e relativamente às nossas infraestruturas, já concretizamos passos para desmobilizar para outro espaço, neste caso, para um terreno ao lado da estação, para podermos ter uma assistência muito mais capaz. Todo este investimento ronda os dez milhões. Por isso, vamos precisar de interação com a câmara, para que o esforço seja equilibrado”, alertou o administrador da VALPI.
Atualmente, as concessões de transportes urbanos são da competência da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, que destaca a importância do projeto para a complementaridade entre o transporte rodoviário e ferroviário. Uma aposta “estratégica” na ligação entre municípios “para que a 1 de janeiro possamos iniciar”, disse Telmo Pinto, primeiro-secretário da CIM.
Para Telmo Pinto, a VALPI tem sido “um parceiro e parte da solução da mobilidade do território. Devemos valorizar a mobilidade e com respostas o mais célere possível”, uma vez que, em Penafiel, “os transportes têm uma grande procura”.
Centro de Saúde e habitação coletiva nas proximidades
A par de todas es novas dinâmicas de transportes apresentadas na assinatura do contrato, com “todos os autocarros que cruzam o concelho a passar por estas instalações”, Antonino de Sousa abordou o novo Centro de Saúde a ser criado nas proximidades, que “será, com certeza, uma âncora para trazer os concidadãos para esta nova localização. Estão reunidas as condições para que a cidade ganhe novas áreas de expansão”, garantiu o autarca.
O destaque foi, também, para a zona de expansão urbanística prevista. “Se há tema que está na agenda é a falta de habitação. Portanto, se podermos ter mais habitação e torná-la mais acessível, ter bons transportes que permitam facilmente chegar ao Porto ou qualquer outro ponto através do comboio ou autocarro, acessos facilitados para quem continue a usar o automóvel, vão ficar reunidas condições de excelência para que a nossa cidade possa expandir-se nesta direção”, disse Antonino de Sousa que relembrou uma outra zona de expansão do concelho, para o Vale do Cavalum, com a criação do, recente, Ponto C, que se encontra em fase de conclusão, mas que tem “características diferentes. Aqui vamos poder ter habitação coletiva e mais acessível”, concluiu.