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O projeto “Grande Rota das Montanhas Mágicas”, que passa por Castelo de Paiva e Cinfães, foi inaugurado esta sexta-feira, dia 1 de julho, na aldeia da Felgueira, Vale de Cambra.

O projeto, dinamizado pela Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira (ADRIMAG), pretende ser “uma referência nacional e internacional” nas áreas do “Cycling” e do “Walking”. Une sete municípios (Vale de Cambra, Arouca, Castelo de Paiva, São Pedro do Sul, Castro Daire, Sever do Vouga e Cinfães) e abraça as serras da Freita, Arada, Arestal e Montemuro, assim como os vales dos rios Douro, Vouga, Paiva, Bestança, Caima e Teixeira.

A GR60 – Grande Rota das Montanhas Mágicas é resultado de um investimento global de cerca de 445 mil euros, suportado em parte pelo Turismo de Portugal, no âmbito do Programa Valorizar – Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior.

A rota com um percurso circular tem 280 quilómetros e pode ser percorrida a pé ou de bicicleta (BTT), informa um comunicado.

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Para a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, o projeto é um “destino de excelência”, “importante” pelas “dinâmicas que vai induzir” na região e pelos “impactos que se vão fazer notar” a vários níveis. “É um exemplo grandioso, emblemático e participado”, destaca a governante.

O trajeto, refere o comunicado, está “sinalizado e dispõe de vários pontos de apoio ao longo de todo o percurso”, dotado das “condições necessárias à prática das modalidades em questão, promovendo práticas ambientais responsáveis”.

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“Esta rota oferece um produto de grande qualidade, com uma notável riqueza natural e cultural. Transformará caminhos e percursos ancestrais em verdadeiros desafios de Grande Travessia, que permitirão fruir de locais até agora desconhecidos e pouco explorados pelos praticantes de BTT”, explica Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, e que acredita que “será um elo de ligação a muitos praticantes de BTT de todo o mundo, que levarão, com certeza, uma mensagem de valorização desta infraestrutura e deste território como algo único”.

Além disso, a integração da Grande Travessia das Montanhas Mágicas na Rede Cyclin’Portugal faz com que a GR60 ganhe “um selo de garantia na segurança e na oferta de infraestruturas de apoio à prática do BTT de lazer e aventura”. “É também assegurado um acompanhamento regular, no que diz respeito à verificação da qualidade dos percursos, sendo muito importante os promotores perceberem que este tipo de infraestruturas está exposto às forças da natureza e à intervenção do ser humano, que vão deixando a sua marca nos trilhos”, continua.

Para João Queiroz, presidente da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, entidade responsável pela homologação dos percursos pedestres de Pequena Rota (PR) e de Grande Rota (GR), os “percursos balizados revelam-se um produto estruturante e de grande alcance” para a “promoção (eco)turística do território”. A GR60 encerra uma proposta “diferenciada e de excelência, no panorama português”, não só por se tratar de uma região especial, de montanha, com “características únicas e de grande potencial”, mas também porque agrega um “importante know-how em torno de um projeto de desenvolvimento territorial.

O presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra, José Pinheiro, apontou a Grande Rota das Montanhas Mágicas como um projeto de “enorme potencial”, capaz de “criar atratividade e riqueza” para os municípios envolvidos e de “combater a desertificação do interior”.

O mesmo interior que Pedro Machado, do Turismo do Centro de Portugal, vê, do ponto de vista turístico, como “o luxo do Séc. XXI”.

Para a presidente da ADRIMAG, Margarida Belém, a GR60 será uma “alavanca estruturante para a retoma da atividade turística” em toda a região do traçado.

A inauguração contou com a presença de representantes das autarquias envolvidas, da Federação Portuguesa de Ciclismo, da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, do Turismo do Porto e Norte de Portugal, do Turismo do Centro de Portugal, do Turismo de Portugal e também de vários especialistas.

Texto redigido com o apoio de Júlia Coelho, aluna da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.