João Lima e Diana Teixeira vivem um cenário "angustiante" dentro de casa. Adquiriram uma habitação em Vila Caiz, concelho de Amarante, e há quatro anos que sofrem inundações.
O casal comprou a casa em novembro de 2018 e descreve-a como "aliciante, bonita e com bom acesso". Durante um ano e meio afirmam que viveram na casa "sem problemas", mas em setembro de 2019 as "ocorrências começaram a surgir. A inundação deitou o muro de vedação ao chão e inundou-nos a garagem". Em declarações ao Jornal A VERDADE, o casal refere que o incidente ocorreu na sequência de "um ribeiro que foi manilhado, mas as manilhas com o decorrer dos anos não aguentaram e começaram a rachar".

Para o jovem comprar esta casa era sinónimo de "melhores condições" para "criar filhos. Temos um de quatro anos e outro com apenas cinco meses". Se o objetivo inicial era proporcionar um espaço exterior aos filhos, de momento, os pais "vivem com receio de que eles vão além do perímetro seguro e que caíam dentro do buraco".

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Um problema que tem sido "sazonal" e que tem causado estragos na "máquina de lavar, armários... leva sempre alguma coisa do lavadouro de acesso à garagem, deixa lama e agora temos até um buraco".
João Lima garante que "abordou a câmara várias vezes" e que "há uma ação em tribunal. Não temos responsabilidade sobre o problema, temos licença de habitação e o projeto não corresponde à realidade. Não conseguimos resolver o problema pelas próprias mãos".
O proprietário da casa acrescenta ainda que "temos conhecimento de que poderemos ficar sem o acesso, porque, supostamente, aquilo está ilegal e não se pode ter acesso junto a uma linha de água. O ribeiro nunca deveria ser manilhado, há uma distância que temos de manter da casa ao ribeiro e, provavelmente, não poderemos construir um muro de suporte para as águas baterem no muro e seguirem. Posso ficar sem acesso à minha garagem", partilhou.

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O casal refere viver numa "angústia" porque afirmam "não saber quando a água pode galgar mais um bocado e voltar a inundar a garagem. Houve uma intervenção por parte da junta, tomaram iniciativa e agradecemos, mas era preciso uma intervenção mais além e que nos desse maior estabilidade".
Após o testemunho, o Jornal A VERDADE contactou a Câmara Municipal de Amarante que referiu que "as questões dos munícipes devem ser colocadas diretamente à câmara e não através da comunicação social".

O presidente da Junta de Freguesia de Vila Caiz, José Ferreira, também contactado pelo Jornal A VERDADE, explicou que "na altura da derrocada, tomamos nota da ocorrência e comunicamos com o Município de Amarante. O município respondeu que tínhamos de desobstruir o ribeiro e foi a intervenção que nós fizemos. No entanto, não temos mais competência para executar o que quer que seja", defendeu.

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