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A carpintaria entrou na vida de António Caetano aos 13 anos. Natural de Paredes de Viadores e Manhuncelos, o marcoense ganhou gosto pela arte da carpintaria devido ao avô materno.

Aos 56 anos, é dono de uma “pequena oficina”, na freguesia de Tuías, no concelho do Marco de Canaveses. Mas começou a trabalhar “por conta própria aos 18 anos” na Maia e viajou por vários países até assentar “na minha terra”, recorda.

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Entre 2009 e 2010, trabalhou para uma loja onde fazia serviços por quase todo o mundo e destaca o Japão como o melhor país que passou. “O Japão foi o país que mais me agradou por duas razões, pessoas muito humildes e tentavam ajudar-nos ao máximo”, partilha.

Contudo, foi em Espanha que fez o “maior trabalho” da carreira. António Caetano foi carpinteiro de Cristiano Ronaldo, na casa do futebolista de Pozuelo de Alarcón, em Madrid, “estive muitas vezes com o Cristiano. Ele gostou muito do meu trabalho”, garante o marcoense.

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Em conversa com o Jornal A VERDADE, António Caetano reconhece que os tempos atuais não estão fáceis para os carpinteiros que trabalham por conta própria. As maquinarias, as grandes empresas e a “utilização de novos materiais” são algumas das causas que “tiram trabalho aos carpinteiros”.

Apesar das dificuldades, não se arrepende de “ser carpinteiro. Nunca pensei em desistir da profissão que aprendi”.

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O que mais “gostaria de fazer era ensinar algum jovem a ser carpinteiro”, mas não há disponibilidade. “Tentei ensinar o meu filho, mas logo nas primeiras horas vi que não tinha jeito para tal”, recorda.

António Caetano lamenta que a parte manual da carpintaria vá “acabar”, mas não perde o ânimo da profissão que tanto lhe deu e, “enquanto tiver forças e saúde, irei continuar”, termina.

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Artigo redigido com o apoio de Gonçalo Carneiro, aluno estagiário da UTAD.