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Foi aos 16 anos que Carlos Magalhães Queirós começou a escrever. Agora com 57, o escritor do Marco de Canaveses lançou o sexto livro: ‘O Rapaz Domador de Escorpiões’.

O história desenvolve-se à volta de uma criança com autismo, personagem principal, que não fala, não se exprime, mas mesmo dentro dessas limitações, é “de uma competência absolutamente estratosférica e consegue pôr em causa todo um regime político, toda uma sociedade, por causa da sua utopia de fazer um mundo melhor”, conta o autor ao Jornal A VERDADE.

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Segundo Carlos Queirós, trata-se de um romance que assenta em três vertentes principais: a vertente política, a vertente social e a vertente da saúde no espectro do autismo. Mas o conteúdo “vai além” destas três linhas, “podemos acrescentar que há uma descrição, mais ou menos direta, de uma espécie do submundo da política, dos interesses que há por trás disso. Depois, há o mistério natural da história que é o que fará prender o leitor”, declara.

‘O Rapaz Domador de Escorpiões’ destina-se a “quem gostar de livros com conteúdos fortes, com mensagens fortes, algumas explícitas, outras mais subtis”, sublinha Carlos Queirós, acrescentando que “é preciso pensar um bocadinho sobre aquilo que se está a ler” e aconselhando o livro a quem quiser “uma leitura que prenda”.

Já na altura tinha essa vocação para observar o que se passa à nossa volta

O escritor, natural da freguesia de Banho e Carvalhosa, tem mais cinco obras publicadas: ‘A rapariga invisível’, lançado em setembro de 2020; ‘O (e)rRo de Deus’, lançado em novembro de 2015; ‘Lobos na Cidade’, lançado em dezembro de 2013; ‘A Mensagem do Limbo’, lançado em dezembro de 2012, e ainda ‘Trilho de Lobos’, lançado em novembro de 2011.

Foi quando tinha 19 ou 20 anos que escreveu o primeiro livro, uma sátira social e política, denominada ‘Os s(u)inos de dona Alice’. “Já na altura tinha essa vocação para observar o que se passa à nossa volta”, recorda o escritor. O livro nunca foi publicado “mas provavelmente, um dia, irei reescrevê-lo e publicar”, confessa.

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O interesse pela literatura surgiu na adolescência, numa altura em que, “contrariamente ao que agora se passa, não havia formas de nós jovens passarmos muito o tempo, ou seja, tínhamos que ser criativos e inventar as nossas próprias distrações, passatempos e por aí fora”, diz Carlos. Sempre esteve ligado às artes e a literatura era “um complemento que me fazia bem”.

Hoje em dia, para além de escritor, é formador na área comercial e empresarial e consultor na área de gestão de empresas. A escrita é um hobby para quando tem “disponibilidade mental, ou seja, preparação para poder escrever o que quer que seja”, assegurando que “se não for altura de escrever, é melhor estar quieto!”. Isto deve-se ao facto de ser “muito rigoroso naquilo que escrevo e, se não estiver com todas as valências psicológicas para aí viradas, naturalmente não o faço”, explica Carlos.

‘O Rapaz Domador de Escorpiões’ foi apresentado no dia 12 de julho, na Biblioteca Municipal de Penafiel. No próximo dia 26 de julho, Carlos M. Queirós vai estar no Auditório de Tongobriga, em Marco de Canaveses, às 21h00, para apresentar a sua mais recente obra aos seus conterrâneos.