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Há quem diga que ter um irmão é ter “um amigo para toda a vida” e, no caso de Carla Ferraz, são 13 os “amigos para a vida toda”. No Dia dos Irmãos, que se assinala esta terça-feira, dia 31 de maio, a mulher de 48 anos, natural da freguesia de Constance, no concelho de Marco de Canaveses, contou um pouco da história da sua família ao Jornal A VERDADE.

Para os seus irmãos, Carla era “a menina”, como era carinhosamente tratada. “Ainda hoje, há alguns que me chamam menina, porque sou a mais nova”, disse. “Muitos deles ajudaram a criar-me, principalmente as minhas irmãs”, recorda.

A marcoense conta que, quando nasceu, “tinha irmãos na Guerra do Ultramar”, porque, naquela altura, os jovens eram enviados para lutar. “Um dos meus irmãos, que ia para a Guiné, não queria ir antes de eu nascer, mas teve de partir. No dia que ele chegou à Guiné, eu nasci”, referiu.

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De acordo com Carla Ferraz, “é bom ser a irmã mais nova”, uma vez que “era mimada por todos. A última vez que estivemos todos juntos foi na minha Comunhão Solene, desde aí nunca mais nos conseguimos juntar todos, muito por culpa dos contratempos da vida”, lamentou.

Quatro dos seus irmãos já partiram e Carla Ferraz recorda-os com “muito amor e carinho”, afirmando que “são todos muito importantes para mim. Tomara eu que eles estivessem todos cá, tenho também alguns que estão emigrados, com quem falo todos os fins de semana”.

Outra “peça fundamental” na vida desta marcoense é a sua mãe Maria Augusta, de quem ajuda a cuidar. “Agora é a nossa vez de tomar conta dela. Tento que os meus irmãos que estão emigrados falem com ela todos os fins de semana. Ela ainda estão muito lúcida. A minha mãe passou muito para nos criar e tê-la connosco, assim, é muito bom”, disse, emocionada.

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Carla Ferraz guarda “as memórias” da sua infância, principalmente com o irmão que nasceu antes dela, que é mais velho seis anos. “Nós brincávamos muito juntos. Ele fazia motas de pau e carrinhos de rolamentos e passávamos horas a brincar. Mas tínhamos de os esconder, para o nosso pai não ver”, relembrou, entre risos.

Com uma “ligação boa” com todos os seus irmão, Carla Ferraz deixa uma mensagem: “agradeço a todos, em especial às minhas irmãos que me ajudaram a criar. Gosto muito de todos os meus irmãos e tenho-os sempre comigo, no meu pensamento. Gosto de saber que estão todos bem e felizes”, concluiu.