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"Cada dádiva nossa pode salvar três vidas"

Redação

Odete Ferraz é natural de Marco de Canaveses e, duas vezes por ano, desloca-se, em conjunto com o seu grupo, ao IPO do Porto para dádivas de sangue. Conheça a sua história.

Dadora de sangue há muitos anos, Odete Ferraz, natural de Constance, no concelho de Marco de Canaveses, é hoje responsável por um grupo que, duas vezes por ano, se desloca ao IPO do Porto para dádivas de sangue, "uma missão de vida", assume com orgulho a organizadora.

Desde a sua primeira dádiva de sangue, impulsionada no seio familiar, até aos dias de hoje, Odete Ferraz conta com 30 dádivas de sangue no IPO do Porto, um ato que a própria descreve como "uma missão de vida".

Duas vezes por ano, em março e setembro, a marcoense é responsável por levar ao IPO do Porto um grupo com "cerca de 30 pessoas" que partilham da mesma missão que, com a chegada da pandemia, se viu dificultada. "Em 2020 não realizamos dádivas por causa da pandemia, mas em 2021 retomamos" e, embora não vá o grupo que gostaria de levar, continua a levar a bom porto a sua missão.

Em virtude da pandemia, o IPO limita o número de entradas, "que chegaram a ser quase 30 e neste momento são cerca de 10 pessoas". Para além disso, a deslocação que era realizada num autocarro disponibilizado pelo instituto findou uma vez que "não podem transportar um grande número de pessoas". Obstáculos que Odete Ferraz diz se ultrapassarem com ajuda de terceiros e pela motivação do grupo. "As pessoas dispõem-se a ir e o grupo que existia continua a querer ir", salienta.

Odete Ferraz não tem dúvida de que dar sangue se transforma "numa paz interior muito grande", acrescentando que "uns simples 15 minutos sentados numa cadeira, podem salvar uma vida. Cada dádiva nossa pode salvar três vidas".

Pela sua experiência reconhece que é um ato cada vez mais necessário, nomeadamente no cenário pandémico que vivemos e, por isso, deixa o apelo para que as pessoas não se deixam levar pelo medo. "Não tenham medo de dar sangue, as condições que proporcionam são seguras e há muito cuidado", salienta acrescentando que "os hospitais precisam de dadores, não de uma única experiência, mas que se mantenham".

Texto elaborado por Patrícia Cunha