Com uma média final de 20 valores, Bruno Sousa foi um dos melhores alunos do 12.º ano da Escola Básica e Secundária de Idães, em Felgueiras, no último ano letivo. Finalizado o curso de Ciências e Tecnologias, o jovem de 17 anos vai agora iniciar a “primeira opção” da lista de candidaturas ao ensino superior: a licenciatura em Engenharia Física, na Universidade do Minho. “Quando entrei no ensino secundário queria medicina, mas a biologia não me cativou muito, então preferi a matemática e decidi seguir engenharia”, recorda.
Ao longo de todo o percurso escolar, foi “sempre” um aluno de “boas notas”, mas foi “a partir do sétimo ano” que começou a organizar-se “melhor. O nível de dificuldade aumentou um pouco, então quando entrei no secundário aí sim dei tudo. Consegui organizar melhor o meu tempo, percebi quais eram as minhas prioridades e acho que isso me vai ajudar na universidade”.
Poucos meses após o fim do ensino secundário, Bruno Sousa não esquece os “todos os professores que explicavam bem”, mas destaca a de matemática, “talvez por gostar muito da disciplina. Foi uma professora que me marcou e que influenciou um pouco a minha decisão do curso universitário. Também falei com a diretora de turma, que era professora de física e química e que por acaso estudou na U. Minho. No fundo, vários professores me aconselharam a escolher o curso e a universidade. Eles têm a experiência, já viveram o que eu estou prestes a viver, por isso sabem aconselhar para tomarmos boas decisões”, garante o jovem de Felgueiras.
Para além do sucesso escolar, a vida de Bruno completava-se também com “o futebol e jogos de computador. Por vezes não era fácil conciliar as duas coisas, tinha trabalhos e apetecia-me jogar ou ver um filme, mas consegui organizar-me”. Como diz, “tem de haver um equilíbrio. Precisamos de conviver com os amigos fora da escola, com a família, ter outras atividades, porque tudo isso nos ajuda a sermos mais saudáveis fisicamente e, sobretudo, mentalmente”.
Mas o que é ser um bom aluno? Um dos melhores diz-nos que é “obedecer a um nível de exigência enorme. Temos de saber como vamos organizar o nosso tempo, porque há tempo para tudo. Mas também ter bons professores, bons colegas, bons grupos ajuda imenso. No geral, é saber fazer as melhores escolhas e tomar as melhores decisões e, pouco a pouco, vamos fazendo o nosso caminho”, garante o jovem de Felgueiras.
Em todas as escolhas contou com o “apoio da família” que entendeu “os resultados menos bons. “Sempre me aconselharam a não desistir, mas sim a continuar a trabalhar, faz parte, temos de aprender com os erros. E também sempre me apoiaram a fazer outras atividades”.
Com uma perspectiva de vir a trabalhar “em energias renováveis”, uma área que o “cativa”, mostra-se “expectante e com algum medo” da experiência universitária. “Tenho visto alguns ex-universitários para perceber a experiência deles. Mas é um mundo diferente e novo para mim, por isso estou ansioso quanto ao nível de exigência”.
Aos colegas que estejam prestes a abraçar o ensino secundário, Bruno Sousa deixa alguns conselhos: “Primeiro vão sentir um grande impacto no nível de exigência, portanto se o primeiro teste/trabalho não correr tão bem não fiquem desesperados, acontece a todos e se calhar vai-me acontecer a mim na universidade. Mas se alguma coisa correr mal, têm três longos anos pela frente, há muito tempo para recuperar”, conclui.
