Uma paixão que já é de família. É desta forma que Bento Carreiro, natural de Paços de Ferreira, caracteriza a sua relação pela música. Tudo começou com o avô, que tinha um grupo tradicional de música portuguesa, e também a mãe e a irmã, que cantam. Hoje, é um jovem "sonhador" que tem na música "um segundo plano".
Tem 21 anos e encontra-se a frequentar o curso de solicitadoria na Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Para além dos estudos, dedica-se à música, com a realização de eventos, "não profissionalmente, mas quem sabe um dia. A música é mesmo uma segunda opção, mas o meu objetivo é tornar como primeiro plano", referiu.

Pertence a uma família que "sempre gostou de música", sendo um legado deixado pelo avô. "Esteve sempre presente e culmina comigo a entrar numa escola de música, com cerca de 10 anos. Tem sido uma jornada que eu tenho gosto muito", garantiu.
Está inserido no estilo pop português e recorda os tempos que começou a cantar com a irmã. "A minha mãe, com a convivência com o meu avô, também começou a cantar, mas nada muito direcionado para fazer eventos. Agora a minha irmã sim, inicialmente começamos a fazer eventos juntos", recordou, referindo-se ainda à primeira vez que cantou em público, num evento promovido pela Junta de Freguesia de Raimonda. "Foi um fim de semana cultural, cantei juntamente com a minha irmã, o que facilitou um bocadinho. Lembro-me como se fosse hoje, foi um dia muito importante", apontou.

Cresceu com a guitarra ao seu lado, um instrumento que foi "aprendendo e tentando melhorar e desenvolver. Fui também aprendendo piano, sozinho, mas só sei o básico. Em relação à voz, nunca tive aulas de canto, estou agora a pensar em ter, para conseguir evoluir ainda mais, mas fui tentando aprender técnicas em casa, através da interne", descreveu.
Bento Carneiro admite que, cada vez mais, sente "felicidade em realizar eventos deste género e, de certa forma, vejo-me a fazer da música o primeiro plano, esse é o objetivo. No entanto, neste momento, o foco tem de ser no curso porque, infelizmente, a música é um muito muito difícil e, nem sempre, dá as possibilidades para manter a vida firme, mas vejo-me fazer da música a minha vida".

O jovem música destaca, em jeito de conclusão, o privilégio que sente em poder fazer aquilo que gosta e, ao mesmo tempo, "poder ser valorizado por aquilo que faço. É um orgulho enorme, até porque a música é um legado de família. Começou com o meu avô, que também era meu padrinho, e acho que é um motivo de orgulho, principalmente para ele, que acabou por nunca ver esses meus passos na música. É uma forma de perpetuar a memória dele", finalizou.
