Pedro e João Azeredo são pai e filho e partilham a mesma paixão pela música. Esta quinta-feira, dia 11 de agosto, vão atuar no mesmo festival, o Byonritmos, em Baião, de onde são naturais.
"Eu soube que ele ia estar pelo cartaz. Foi uma coincidência engraçada e feliz", conta, entre risos, Pedro Azeredo, integrante da banda Os Nau, com uma carreira de "mais de 30 anos". "O engraçado disto é que o João está com 16 anos, que é a idade com que eu comecei a pisar os palcos. Representa imenso! O João tem sido muito autónomo nas escolhas dele, com alguma influência positiva ou negativa do pai… está a seguir os passos dele, da maneira que ele acha que está bem ou mal, sempre com a minha ajuda. É emocionante para mim, principalmente, porque coincide com a idade com que comecei a tocar", comenta.

Para Pedro Azeredo, a música "é um hobby levado muito a sério". Desde os 16 anos até hoje sempre esteve ligado a esta área, tem formação musical e, hoje em dia, fica "muito feliz" que os filhos "gostam e queiram seguir esta parte da música".
João Azeredo viveu sempre num ambiente onde se respirava música. Do pai ligado a uma banda e da mãe que também chegou a tocar aos tios igualmente ligados a esta área, o jovem começou por tocar bateria aos cinco anos e, mais tarde, optou pela guitarra. Atualmente, tem como o "maior objetivo, o maior sonho" ser profissional na área da música, apesar de reconhecer que é "um bocado difícil", mas com a garantia de que vai fazer "de tudo para o atingir".

O jovem chegou a ser artista convidado da banda do pai e, há cerca de dois meses, atuou com Joana nos 50 anos de um café da vila. "Na altura, foi só para a brincadeira e, depois, quando recebi a notícia «Queremos que venham tocar ao Byonritmos, porque não se ouviu falar de outra coisa quando vocês foram tocar ao café», eu fiquei a pensar que isto passou de uma brincadeira para uma coisa séria", comenta.
"Ainda me lembro de, em pequenino, o meu pai me trazer de mão dada para ir ver o Byonritmos. Era um sonho tocar no Byonritmos, era o primeiro grande passo e agora, ainda por cima, poder abrir o dia 11 com a Joana… É incrível, é das melhores sensações que alguma vez tive. As expectativas estão altíssimas, os ensaios estão a correr bem. É no nosso concelho, estamos a jogar em casa, temos bastante pessoal conhecido e é tudo mais tranquilo", acredita.

Do concerto d'Os Nau, um projeto que pretende "valorizar o cantar em português" e "preservar o rock", o público pode esperar algo "informal". "Gostamos de estar muito à vontade com as pessoas, conhecemos a maior parte delas para quem vamos tocar. Queremos, essencialmente, que as pessoas se divirtam, é para isso que estão lá e as músicas são da infância delas", sublinha.