A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou que o azeite, bacalhau, pescado, carnes, queijos e produtos lácteos são alguns dos produtos mais falsificados e apreendidos durante as ações de fiscalização.
Estes dados têm como base as mais de 20 mil fiscalizações que a ASAE realizou a empresas do setor alimentar durante o ano de 2023. Um trabalho realizado pelos inspetores que, nos últimos dois anos, permitiu fiscalizar mais de 38.500 operadores económicos e efetuar 560 suspensões, onde a maior parte foi por falta de requisitos de higiene, tendo ainda aberto 383 processos crimes e 3.450 processos de contraordenação relativos à segurança alimentar.
No que diz respeito ao mês de maio de 2024, ASAE divulgou que durante o último mês apreendeu cerca de 450 litros de azeite falsificado perto da cidade de Lisboa, 10.700 litros de azeite, vinho e mel num armazém ilegal no distrito de Viseu e cinco toneladas de produtos de pesca congelados em Ílhavo, no distrito de Aveiro.
Em relação ao azeite, a ASAE considera que as fraudes aumentaram com "a subida do preço e a escassez no mercado. As fraudes acontecem quando são utilizadas misturas de outros óleos ao invés de apenas azeite", é explicado. Neste sentido, a ASAE deixou algumas recomendações aos consumidores, como é o caso da leitura dos rótulos ou a compra em locais de confiança, bem como "desconfiar quando o azeite é pago a seis ou sete euros por litro ao produtor, aparecer no mercado por quatro ou cinco euros o litro".
Também para reforçar a segurança alimentar, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) lançou em 18 países da União Europeia, incluindo Portugal, a campanha #Safe2Eat 2024, para capacitar os consumidores europeus quanto a escolhas alimentares seguras, de forma "a promover um estilo de vida saudável, alertar para a importância da segurança dos alimentos e da necessidade de comprovar cientificamente as alegações de saúde e para a manipulação correta dos alimentos, visando a higiene e o manuseamento correto".