A Associação para o Desenvolvimento de Rio de Moinhos (ADRM), no concelho de Penafiel, enquanto instituição particular de solidariedade social, tem procurado dar respostas sociais a toda a população, nomeadamente, idosa, jovem e mesmo famílias. Ana Augusta é a diretora técnica e o ‘rosto’ que tem lutado, desde 2001, e em conjunto com uma larga equipa, por garantir uma resposta social a toda a comunidade e por concretizar um sonho antigo: a construção de um Lar de Idosos.
Natural de Penafiel, Ana Augusta envolveu-se, após terminar os estudos, numa instituição semelhante e que fez a ponte para a ADRM. “Tinha um projeto que passava por várias freguesias do concelho de Penafiel, inclusive Rio de Moinhos, e essa atividade permitiu-me conhecer os órgãos sociais da instituição”, um ano depois da execução da obra, Ana Augusta foi convidada para “começar do zero”, um desafio que acabou por aceitar e que até hoje considera “muito interessante”.
Responsáveis pelo Centro de Dia, Serviço ao Apoio Domiciliário, CTL (creche) e um Centro Comunitário, a associação tem também outros acordos, como é o caso do IEFP e que permite à associação ter “um Gabinete de Inserção Profissional, que trabalha com jovens, adultos e desempregados que queiram formação/novos empregos. Temos também o antigo protocolo de rendimento social que anteriormente era com a segurança social e que, atualmente, passou a ser do âmbito da Câmara Municipal de Penafiel, chamado protocolo de serviço do SAS (Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social). No fundo, são tudo respostas que se direcionam quer para os idosos, quer para as crianças, mas também para as famílias de uma forma geral, quer através do centro comunitário, quer através destas outras respostas que nós temos, quer com o IEFP, quer com o município”.
Lar de Idosos vai ser uma realidade em Rio de Moinhos
É um “sonho antigo” da instituição e que vai chegar, ao que tudo indica, dentro de um ano e meio. Para Ana Augusta este será “um marco na vila, concelho e mesmo a nível nacional”, dando resposta a 50 utentes.
Esta obra, no valor de cerca de três milhões e 800 mil euros, só foi possível após uma candidatura ao PARES 3.0, na sequência de um trabalho ao nível do PARES 2.0 para a construção de uma creche. A construção do Lar de Idosos já arrancou e irá contar com 22 quartos duplos e seis singles.
Dado ao valor elevado da obra, todos os esforços estão, de momento, a ser investidos na criação deste lar. “Temos de nos mobilizar muito, porque o nosso investimento a nível de capital próprio é acima dos dois milhões e 300 mil euros para realmente conseguirmos dar esta resposta à comunidade e que tanto é necessária, mas que nos vai exigir um esforço muito grande”, recordando que contam também com o apoio da junta de freguesia, da câmara municipal e com a segurança social, a quem agradecem.
Embora seja um investimento “muito caro” e que tem “consumido” os dias da associação, é a concretização de um “sonho” e a resposta que os idosos precisam. “Sem este lar, as pessoas tinham de ir para longe de casa e terminar lá os seus dias”, recorda Ana Augusta.
Caminhada solidária pretende divulgar a ERPI e angariar dinheiro
De forma a divulgar a ERPI (Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas) e a angariar alguma dinheiro, a ADRM vai realizar uma caminhada solidário no dia 26 de maio. Para a diretora técnica, “tudo o que vier é uma ajuda e queremos alertar as pessoas para a necessidade dessa ajuda e para a realização de outro tipo de recolha de donativos. Estamos muito focados em tentarmos angariar fundos para nos ajudar neste investimento privado”, destacou.
Com os esforços todos alocados ao Lar de Idosos, a Associação para o Desenvolvimento de Rio de Moinhos recorda também que “depende das comparticipações familiares e das comparticipações da segurança social” e, por isso, toda a ajuda é “bem-vinda”.
A ADRM chega a 50 pessoas em Centro de Dia, 20 no Serviço ao Apoio Domiciliário, dá resposta a 27 crianças em ATL e 41 em creche. Para além disso, a associação funciona como “um centro comunitário direcionado para a comunidade, com banco de ajudas técnicas, em que ajudamos quem nos procura a título gratuito quer na cedência de cadeiras de rodas, camas articuladas, ajudas técnicas, vestuário, mobiliário, entre outros. Para além disso, temos uma parceria com o Banco Alimentar do Porto e com a segurança social, em que ajudamos famílias carenciadas com alimentos, apoiamos 336 pessoas, SAS (Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social) passa das 300 famílias e cerca de 600 pessoas no Gabinete de Inserção Profissional“.
