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Artigo de opinião: Literacia em saúde

Redação

Artigo de opinião de Ana Rita Vasconcelos, Psicóloga Clínica

Aos primeiros sinais da possibilidade de um problema de saúde surgem dúvidas e, também, a necessidade de respostas e certezas. Nessa procura das respostas, é comum pesquisar em vários meios de informação que nem sempre apontam para a realidade da situação. Muitas vezes, fazem surgir ainda mais questões do que já existiam anteriormente.  

Partindo para uma situação concreta, um diagnóstico oncológico acarta, muitas vezes, crenças pré-existentes, desde a ideia daquilo em que consiste a doença até as possíveis implicações. No entanto, o cancro tem as suas singularidades e há ainda individualidade de cada pessoa. 

Por que razão é tão comum acreditar no que se leu num site ou no que se ouviu dizer? Porque a vulnerabilidade emocional inerente à condição humana prevalece mais do que o pensamento crítico, ou seja, a capacidade de filtrar a informação. Quando estamos mais preocupados, ou com medo de algo que possa pôr em risco aquilo que é o nosso bem-estar, vamos assumir que tudo o que lemos sobre o tema é verdadeiro. Isso faz com que se deixe de parte, muitas vezes, o questionamento sobre o assunto. 

É normal que pesquise sobre o cancro, pois pode facilitar a prevenção e a intervenção precoce ou atempada. Contudo, é necessário procurar fontes credíveis, verdadeiras e comprovadas cientificamente como válidas. Apresentar questões e falar sobre dúvidas e receios deve ser feito com os profissionais de saúde, de forma a que obtenha informação correta e apropriada para o seu caso. Assim, conseguirá ter um papel ativo no seu tratamento oncológico. Se for um familiar de um doente oncológico, saberá qual a melhor forma de cuidar dele. 

Em suma, o conhecimento é uma ferramenta essencial para ter um papel ativo na sua vida e, em especial, na sua saúde. Não tenha receio de questionar os seus profissionais de saúde sobre a sua condição médica.