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Este domingo, dia 19 de março, celebra-se o Dia do Pai e “não há nada melhor” de que, neste dia, um pai ser premiado com o nascimento de um filho. Esta é a história que o Jornal A VERDADE traz aos seus leitores numa data especial. 

Artem Filiniuk nasceu na Ucrânia, mas vive em Portugal desde os 20 anos. O início da vida adulta foi passado em Marco de Canaveses, mais tarde, por questões profissionais mudou-se para Penafiel, mas manteve uma ligação à cidade marcoense.

A vida de Artem Filiniuk, de 35 anos, é marcada pela pratica de ginástica desde os 7 ano que o levou a tornar-se atleta de elite e treinador há 10 anos em Portugal. “Desde pequeno que me incutiram esse hábito, os meus treinadores eram ótimos e considerava-os os segundos pais, foi com eles que ganhei o amor ao desporto”. Agora, como pai, uma das suas “maiores ambições” é passar esses hábitos aos filhos. 

Olga Filiniuk, também ucraniana, é a mulher com quem teve dois filhos em Portugal. O primeiro filho, Luca, “felicitou” o casal no Dia do Pai e está perto de completar sete anos. Com apenas cinco já seguia as pegadas do pai.

“Elasticidade, coordenação e força” são algumas das características que o pai vê na ginástica e que pretende transmitir aos filhos. “O mais novo, Tim, tem apenas dois anos, mas a partir do próximo também vai iniciar. Não os obrigo a nada, vou incentivando e vejo se eles gostam”, explica em conversa com o Jornal A VERDADE.

Apesar de, como treinador e pai, considerar que “o desporto é obrigatório como a sopa”, afirma entre risos. Acrescentando que para si é “um sinónimo de saúde, porque vão ser flexíveis, fortes, corajosos, ajuda-os a ultrapassar os medos e ainda desenvolve o raciocínio”. 

A par disso Luca pratica ainda natação, apesar do “receio” inicial conseguiu “superar mais um medo. Em casa damos muito incentivo e depois ele próprio começa ‘olha pai eu já consegui, está a resultar!’. A superação dos medos é uma excelente skill para o futuro”, considera Artem.

Quando questionado sobre como é a sua relação com o filho mais velho, Artem Filiniuk responde que “é ótima. Somos amigos, claro que há respeito porque sou mais velho, mas a relação é divertida, conversamos muito e eu estou orgulhoso do que construímos”. Relação esta que pretende criar também com Tim à medida que for crescendo.

Revelando ainda que “sempre procurou uma relação diferente das que presenciou, eu não gostava do que via e, por isso, fiz questão de ter outro tipo de ligação com os meus filhos”, explica. 

Aos 35 anos, Artem Filiniuk procura ser um pai “presente”, apesar de trabalhar e treinar seis vezes por semana “tenta dar o máximo de atenção possível e vê na mulher um forte apoio”. 

Assim, os tempos livres são marcados por idas à piscina em família para “passarmos tempos juntos e para eles nos mostrar o que aprendeu”. Para além disso, “planetários, atividades no Porto, bicicletas e idas ao parque” são outras atividades que marcam a vida dos Filiniuk. Apesar de incutir hábitos nos filhos, tenta conhecer os novos costumes dos adolescentes, partilhando que “embora não perceba nada, jogo minecraft com o Luca. No fundo, tento ser também criança e voltar a ter uma infância”. Deixando um conselho a todos os pais: “se quiserem ter ‘bons’ filhos devem ser também pais ‘fixes’ e tenho a certeza de que eles vão ser excelentes pessoas”.

Todos os anos, o dia 19 de março é marcado pelo aniversário do pequeno Luca e pela celebração da relação entre pais e filhos. À semelhança dos anos anteriores, a noite antes do Dia do Pai vai servir para decorar e encher balões de forma a “surpreender” os filhos pela manhã. 

Em tom de brincadeira, termina por dizer “sou um péssimo pai. No domingo tenho um campeonato, mas ele tem uma festa às 11h00, por isso mal termine o campeonato vou a correr para me juntar a ele”.