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Arsalan e Imran Afzal vieram do Paquistão, um país localizado no Sul da Ásia, até Portugal em busca de emprego, uma vida melhor e a possibilidade de ajudarem a família que ficou na terra natal. 

Na casa dos trinta, Arsalan encontra-se a trabalhar na construção civil, o mesmo emprego que realizava no Paquistão. Habituado ao esforço físico, às mudanças climáticas e à rotina das obras, Arsalan destaca que “pelo menos em Portugal é possível viver deste trabalho”. 

À semelhança da grande parte dos imigrantes, Arsalan e Imran Afzal vieram à procura de uma “vida com mais qualidade e de satisfazerem as suas necessidades”. No entanto, as “saudades da família” tornam a permanência mais “difícil. Não sou casado, vim aqui pela minha família, pais e irmãos”, partilha Arsalan em conversa com o Jornal A VERDADE. 

Sem se alongar muito sobre as diferenças em relação ao seu país de origem, Arsalan explica que o que mais o motiva em Portugal é a acessibilidade às necessidades básicas da vida. “Aqui nós comemos, o funcionário pode comer o quanto quiser e o trabalho que fazemos é pago. As necessidades são satisfeitas”. No fundo, estes homens vêm à procura de suprimir a fome e a falta de dinheiro para viver, acrescentando que no Paquistão a “vida de um homem de classe média é muito difícil”. 

Durante a semana Arsalan encontra-se focado no trabalho, mas ao fim de semana, a cada domingo telefona, sem exceção, à sua família que permanece toda no Paquistão para “diminuir um pouco a distância e as saudades que sente dos familiares”. 

Na freguesia de Bem Viver, em Marco de Canaveses, onde residem atualmente, os homens naturais do Paquistão sentem-se “bem acolhidos e felizes” e consideram que Portugal é “um bom país”. Além disso, destacam também a “bondade e o coração” dos portugueses e que “aqui as pessoas vivem felizes, com sorrisos no rosto e leveza”. 

Arsalan, em conjunto com o seu colega, encontram-se a aprender português para juntar a língua portuguesa à vasta lista de línguas que já falam e consideram estar a “sair-se muito bem”. 

Encontram-se há cerca de dez meses por terras de Bem Viver e, por enquanto, o “único desejo” é continuar a viver em Portugal e obter a residência portuguesa para alcançarem “alguma estabilidade financeira”.