Natural de Vila Boa do Bispo, concelho do Marco de Canaveses, mas a morar na freguesia do Marco, Mariana Almeida, de 14 anos, é a única atleta feminina no Basquetebol Clube do Marco. Apaixonada pela modalidade desde cedo, a jovem sente-se “grata” por fazer parte deste clube e desejosa por partilhar o campo com outras jovens.
A curiosidade em torno do Basquetebol, aliada ao desejo de praticar uma atividade física, levou Mariana Almeida a ingressar no Basquetebol Clube do Marco, há cerca de um ano, sem pensar duas vezes. Antes disso, tinha praticado o desporto em contexto de escola, nomeadamente, aulas de educação física, e em casa da avó, onde também o avô já tinha jogado basquetebol, acabando por transmitir o “bichinho” à neta.
Durante a prática da modalidade, a atleta é movida pelo “jogo em equipa” e pela “adrenalina” que sente durante a disputa, sobretudo, quando perdem e conseguem “virar o jogo e ganhar”.
Embora a jovem tenha sido bem recebida no clube e no meio de uma equipa marcada pelo público masculino, Mariana confessa, em entrevista ao Jornal A VERDADE, que um dos seus maiores desejos é “conseguir jogar numa equipa feminina”.
Quando questionada sobre os motivos de não haver tanta adesão por parte das jovens, Mariana Almeida considera que pode ser por “falta de conhecimento ou mesmo por medo ou vergonha”.
A partilhar o campo com rapazes, a jovem marcoense destaca a relação “boa” que nasceu entre eles. “São todos meus amigos e sempre me respeitaram”, destaca.
Embora tenha sido bem acolhida pelos colegas de equipa, a estudante confessa existirem “alguns comentários” e até “insultos por parte da bancada adversária, incluindo para ‘ir lavar a loiça’. Sinto-me mal, mas ignoro”.
Com apenas 14 anos, Mariana Almeida olha para o desporto como uma prática para se “manter ocupada, saudável, fazer amigos e desenvolver capacidades competitivas”. Para além do Basquetebol Clube do Marco, a aluna faz ainda parte do grupo de escoteiros 237 de Marco de Canaveses/Tabuado.
Para terminar, a única atleta do Basquetebol Clube do Marco deixa um apelo a outras raparigas: “venham, vão ver que não se arrependem, serão bem vindas. É um desporto que gosto e acho que se as jovens dessem uma oportunidade também poderiam gostar”.
Ainda sem certezas do futuro, Mariana poderá vir a conciliar o Basquetebol com a prática da medicina veterinária e, quiçá, chegar a “uma equipa grande”, como é o caso da seleção.
Para terminar, deixou ainda um agradecimentos aos treinadores Hugo e João pela “oportunidade” e agradeceu aos colegas de equipa pelo “apoio”.