ines barbosa leucemia pacos de ferreira
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“Desde o primeiro dia que sabemos que a única solução é um transplante de medula óssea“. Estas são as primeiras palavras que Natália Costa pronuncia sobre a doença que a filha está a enfrentar.

Os problemas de saúde de Inês começaram ainda enquanto feto. Entre os sete e nove meses sofreu um AVC dentro da barriga da mãe que trouxe “uma má formação cerebral que só se descobriu aos 13 meses e com muito custo”. Este ano descobriu uma leucemia que “não deixa a doença redimir. A mutação faz com que a doença reaparece na médula, ao mesmo tempo que vêm glóbulos brancos bons também vêm os que têm doença“, explica.

Tudo começou com negras fáceis e pintas vermelhas. A esses sintomas começaram a juntar-se as dores de joelhos, mas o diagnóstico tardava em chegar. Era época de verão, agosto, mês de férias, e a família de Inês viajava até Sevilha. À chegada uma febre levou-os a recorrerem ao centro de saúde espanhol. A resposta foi: “a medicação vai ajudar e a febre irá passar”. 

De volta à residência onde tinham ficado, Inês acabou por adormecer no sofá. Seguiram-se “fortes” tremores. “Cheguei e cobri-a, mais tarde fomos tomar banho e a Inês dizia que não se estava a sentir bem e acabou por vomitar”.

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A febre voltou a subir e atingiu quase 40.ºC, Natália voltou ao centro de saúde com a filha que acabou por ser encaminhada para o hospital depois de vomitar novamente, mas desta vez sangue. Antes de partir para Espanha, Inês Barbosa já tinha ido ao centro de saúde, mas os motivos para aqueles sintomas eram “plaquetas baixas ou reações ao calor”. 

Inês tem apenas dez anos e foi diagnóstica com um cancro “comum nos adultos”: Leucemia Mieloide Aguda. “Esta leucemia é das mais graves, só costuma acontecer a adultos, geralmente dá a pessoas acima dos 18 anos e, por isso, a quimioterapia é muito forte desde o primeiro ciclo”. Um processo que “levou-a aos cuidados intensivos durante 15 dias. Esteve em coma induzido, com uma rutura pulmonar e uma hemorragia que a obrigou a lutar pela vida. No dia 19 de agosto chegaram a dizer que não havia mais nada a fazer, mas Graças a Deus ele está cá e continua a lutar. No segundo ciclo ficou vários dias sem comer e no terceiro, para já, estamos estáveis”. 

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Embora os problemas de saúde que Inês tem enfrentado ao longo da vida, continua a ser uma criança “alegre e bem disposta. A minha filha tem consciência de que está no hospital e que está muito doentinha porque os tratamentos têm sido intensos, mas como mãe também tenho o papel de fazer com que ela continue a viver o espírito de criança”. 

Por isso, Natália Costa tem acima de tudo “esperança” e procura fazer com que Inês se sinta “protegida e feliz para que ela não viva a doença. Não deixar que a abale e que o espírito de criança permaneça dentro dela. Eles já sabem que estão doentes, por isso, não precisam de viver o contexto hospitalar tão a sério e tão negro como isto, infelizmente, é”.

É a primeira vez que Natália Costa vive uma situação destas, mas “felizmente” tem o apoio de toda a família e do namorado que descreve como “o nosso pilar”. 

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