paulo silva leucemia abragao penafiel 1
Publicidade

2015 foi o ano que marcou a vida de Pedro Silva para sempre. Aos 29 anos, depois de dias marcados por “muito cansaço, pele amarelada e olhos vermelhos”, Pedro descobriu o seu diagnóstico, leucemia mielóide aguda e deu início “à maior luta da sua vida”.

Luta esta que durou cerca de três anos e que veio assombrar a família de Pedro Silva, mais uma vez, em 2021.

paulo silva leucemia abragao penafiel 2 1

Pedro Silva vive com a sua esposa e dois filhos menores na freguesia de Abragão, concelho de Penafiel, e vê na família “a força para lutar todos os dias”. Foi em 2015, que o homem penafidelense teve um “primeiro choque” quando lhe foi diagnosticada leucemia. A esposa, Tânia Cruz, conta que “ele fez o diagnóstico no Dia de Páscoa e não veio mais a casa, foi diretamente para o Hospital S. João”. 

Local onde iria permanecer largos meses. “Os tratamentos eram de um mês, ficava oito dias em casa e regressa ao Hospital. Foi assim até ao transplante de medula óssea do irmão”. No meio da doença, Pedro teve uma “sorte muito grande” de ter não um, mas dois irmãos compatíveis que acabaram por ser uma “ajuda fundamental”. O processo intensivo durou cerca de dois a três anos e Pedro Silva pode voltar a trabalhar. 

paulo silva leucemia abragao penafiel 1

O obstáculo estava ultrapassado, pelo menos era o que Tânia Cruz e o marido esperavam. De repente, o cansaço nas pernas regressou, desta vez, mais acentuado. “Já não conseguia subir degraus, tinha de ser agarrado e não tinha força nas pernas, foi isso que me levou a fazer exames”, conta.

Ambos encontravam-se convictos de que era algo relacionada com a coluna, até porque as análises estavam e continuam a estar “muito bem”. Inicialmente, os próprios médicos suspeitaram de uma dor ciática. 

A verdade é que Pedro Silva estava prestes a embarcar numa etapa que já conhecia. Fator que trouxe “um medo acrescido. É tirar o tapete, de repente cai o mundo todo”. A leucemia tinha ultrapassado a barreira e encontrava-se no Sistema Nervoso Central.

“Desta vez foi ainda pior, ao fim de seis anos a pensar que estava tudo bem.. descobrimos que era a leucemia outra vez”, diz Tânia Cruz.

Seguiu-se uma biopsia que “correu muito mal” e um cateter homaya que ganhou infeção e provocou sangramentos cerebrais. A Tânia Cruz foi dito que o seu marido ficaria em “estado vegetativo”, mas a esperança foi a última a morrer. Após um exame e “corrente de orações”, Pedro Silva começou a “ganhar vida” após duas semanas em coma induzido. Seguiam-se cinco meses de fisioterapia intensa no Hospital de S. João.

A esposa conta que “ele começou a evoluir muito, quando saiu do Hospital já comia sozinho”. Em conversa com o Jornal A VERDADE, Pedro Silva refere que a “grande motivação” foram os filhos e que tem “muita força de vontade”.

No meio de tudo, Tânia menciona o “grande suporte familiar” que teve. “Sem família era impossível, simplesmente não conseguíamos, foi a nossa sorte”.

Tânia Cruz refere ainda que à data de criação da página solidária, esperávamos “angariar para algumas semanas de fisioterapia, mas nunca pensamos chegar aos valores que estamos a chegar. As pessoas têm ajudado muito, ficamos estupefactos com esta onda solidária. Um obrigada enorme a todas as pessoas”.

Se pretende juntar-se à onda solidária em prol de Pedro Silva e da família pode fazê-lo através do seguinte link ou diretamente para PT50004513444037062687755.