guilherme carvalho aluno penafiel
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Guilherme Carvalho tem procurado desenvolver as suas competências enquanto pessoa a par do sucesso escolar. Aos 18 anos considera que é “cedo demais” para definir a profissão que quer ter no futuro e, por isso, pretende primeiro trabalhar no desenvolvimento pessoal para depois ser “bom profissional”. 

Por enquanto, a nível de estudos, Guilherme Carvalho terminou o curso de Economia no secundário e ingressou em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto – FEUP devido ao interesse por “dinheiro. Sempre me preocupei muito com o dinheiro que poupava e o dinheiro que conseguia ter e com o amadurecer comecei a interessar-me por coisas mais importantes como o Banco Central Europeu, por exemplo”.

Na entrada para o 10.º ano, Guilherme Carvalho já era um jovem convicto das decisões que tomava. “Sou natural de Lousada e sempre estudei lá, mas no secundário queria Economia e sabia que em Lousada o projeto educativo nesta área ainda não estava tão desenvolvido, então concorri à Escola Secundária de Penafiel e consegui entrar”.

O gosto pela área económica foi se desenvolvendo e o jovem percebeu o interesse pela gestão, por “gerir e estar à frente de empresas”. Embora ainda esteja tudo em aberto, o lousadense elenca algumas profissões do seu interesse: “Gestão Hospitalar, Gestão Aeronáutica ou ser CEO de uma empresa, mas também tenho um gosto pela parte política e, por isso, não consigo dizer o que é que vou estar a fazer porque eu não tenho só uma coisa que gosto de fazer. Só o tempo dirá”.

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“Sempre fui dos melhores alunos das turmas, mas nunca esperei que quando entrasse no secundário que tivesse este aproveitamento”, confessa o jovem que terminou o secundário com média de 20 e candidatou-se com um valor de 19,78. “Nunca fui obrigado a estudar, nunca fiquei de castigo para estudar, os meus pais sempre me disseram que o meu futuro era eu que o fazia e eu sempre quis ir para a universidade e entrar no melhor curso possível e, por isso, sabia que tinha de tirar boas notas até porque este curso exigia uma média alta. Fui trabalhando, mas também me fui envolvendo no máximo de projetos possíveis e as notas acabaram por surgir, os meus pais sempre me motivaram e apoiaram em tudo, mas nunca fui obrigado a estudar, foi uma competência que desenvolvi sozinho”, descreve o jovem. No fundo, foi esta a chave do sucesso de Guilherme.

Futebol, futsal, ténis, basquetebol, música, foram apenas algumas das atividades em que o jovem participou, a par de uma conquista recente, Guilherme foi um dos eleitos pelo círculo do Porto para representar os jovens na Assembleia da República. Já na escola procurava estar “atento nas aulas” porque garante que “é quase metade do trabalho feito. É chegar a casa, reler as coisas e depois tenho o hábito de falar em voz alta, de fazer uma mini palestra sozinho, acabo por compreender a matéria e depois é mais fácil para mim”, conta.  

O “não me apetece estudar” nunca entrou no vocabulário de Guilherme, no máximo era “não conseguir estar atento nas aulas”, porque se encontrava “desgastado. A concentração de uma pessoa não dura 24 horas por dia, então quando sentia que não estava a ser produtivo ia fazer outras coisas, não ia estar a cansar a minha cabeça com algo que eu já sabia que não ia resultar”, acrescenta.

No que toca às expetativas dos estudantes ao ingressarem no secundário, o lousadense aconselha a não entrar com “uma vida definida”, porque “se não correr bem é uma frustração enorme”, até porque ser licenciado, para si “ajuda, mas não faz uma pessoa feliz, há muitas outras coisas. É preciso relativizar, não é preciso ter média de 20 para se ser feliz na vida, óbvio que ajuda, mas não é a única coisa e ter sempre atividades fora, nunca focar inteiramente na escola, embora seja preciso sacrificar algumas coisas para se atingir certos resultados e isso depende da vontade de cada um, mas a vida irá dar frutos”, realça.

Com o aproximar do novo ano letivo, Guilherme Carvalho encontra-se a preparar as malas para ir viver na casa do avô. “Esta decisão foi tomada, sobretudo, pela questão monetária porque alugar quarto no Porto é mesmo muito caro”, lamenta.

No início da vida académica, Guilherme espera sentir-se “realizado pessoalmente. Quero, antes de mais, ser uma boa pessoa, filho, namorado, amigo, isso para mim é muito importante, não é possível ser bom profissional sem se ser uma boa pessoa”, termina.