banda paco sousa
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A Banda Musical de Paço de Sousa, de Penafiel, vai apresentar o seu primeiro trabalho discográfico intitulado “80 Anos” este domingo, 14 de agosto, pelas 21h30, no Auditório Paroquial de Paço de Sousa. Neste grupo são várias as gerações de apaixonados por música que se formam.

Adriano Soares é, atualmente, o membro mais antigo presente na banda, com 75 anos. Seguiu os passos do avô paterno e foi influenciado pelos amigos, o que resultou em 59 anos como elemento desta associação, como autodidata, tendo sido maestro de 1992 a 2005.

O amor pela música estende-se a toda a família: ao filho, aos netos e à família da esposa, inclusive, o avô da sua mulher foi quem lhe “ensinou as primeiras notas”. Adriano Soares ingressou no grupo a 8 de dezembro de 1963, data que se recorda bem, com 16 anos, e revela que fazer parte da banda é “saudável”. “Só se está numa associação há tantos anos quando se gosta, porque nós chegamos a um ponto em que já não é gostar, é amar”, afirma.

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Apesar de se sentir “cansado”, diz que “a música fez sempre parte” da sua vida e que “deixa pena um dia que tenha de sair”. Contudo, reflete que, “quando deixar de fazer parte do elenco, há sempre outras formas de ajudar”.

Perante a realização do álbum confessa que é “um marco histórico”. “Tenho muita honra em fazer parte deste trabalho”, sublinha. O filho, Ricardo Soares, que é o atual maestro da banda, acrescenta que é “muito orgulho, acima de tudo, aquele sentimento de missão cumprida”: “Foi um objetivo desafiante porque não tínhamos experiência nenhuma nesta área da gravação”.

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A banda tem origem num grupo de orquestras que existia já no século XIX. No ano de 1941, por meio de “intervenções de algumas autoridades da terra, foram reunidos vários grupos que resultaram na Banda Musical de Paço de Sousa”, explica Ricardo Soares.

Apesar dos desenvolvimentos ao longo dos anos, o foco da banda é a “participação e animação das romarias e dos atos religiosos”, acrescenta.

A banda, neste momento, é formada por cerca de 65 músicos, elementos entre idades que vão desde os 11 aos 75 anos. Ao mesmo tempo, o grupo é composto por estudantes, engenheiros, médicos, ou seja, “várias profissões”. Desta forma, Ricardo Soares afirma que “é uma linguagem comum a todos e todos são iguais neste meio”

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Os 80 anos já foram assinalados no ano passado, mas, devido à pandemia, não foi possível lançar o primeiro CD com uma discográfica. Desta forma, a banda pretende “recuperar a comemoração dos 80 anos em plena comemoração dos 81, que celebramos no dia 10 de agosto”.

O principal objetivo do álbum foi demonstrar “pluralidade e as várias facetas da banda”, de “marchas religiosas a composições mais elaboradas, música mais contemporânea e, ainda, música pop, com um arranjo mais recente”.

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Além da banda, o álbum contou com o coro da escola de música, que foi “uma forma de integrar uma das outras valências da associação neste registo histórico”.

O membro da banda revela que o “grupo tem vindo a aumentar”. Uma das “valências” é a banda ter uma escola que é frequentada, anualmente, por cerca de 90 a 100 alunos e que tem como missão “criar novos músicos, que se espera que possam integrar a banda”.

O álbum inclui “obras de compositores de renome, tais como José Alberto Pina, Jacob de Haan, Carlos Amarelinho, Kazuhiro Morita, entre outros”, informa nota de imprensa da banda musical.

O maestro reforça o convite para o espetáculo no dia 14, domingo, às 21h30: “Estão todos convidados, a entrada é grátis para assistir a esta cerimónia de apresentação do nosso CD e assistir à atuação da banda, que vai fazer uma pequena participação para animar este evento. O CD encontra-se disponível para venda”.

Texto redigido com o apoio de Daniela Lenchyna.