logo-a-verdade.svg
Notícias
Leitura: 0 min

Amigo recorda Fernando Santos, "um dos melhores pilotos de Portugal"

Redação

Fernando Coelho da Rocha Santos, piloto de Penafiel e construtor de carros de competição, faleceu durante a madrugada desta quinta-feira, dia 2 de janeiro, vítima de doença prolongada aos 62 anos.

Em entrevista ao Jornal A VERDADE, o antigo navegador do piloto, José Manuel Oliveira, recorda o amigo como "um dos melhores pilotos e preparadores de carros" que já conheceu.

A amizade entre os dois entusiastas do mundo automóvel surgiu "em tempos de infância e embora fosse mais velho que ele, ambos partilhávamos esta paixão pelos automóveis", recorda José Oliveira. Foi em 1987 que este gosto pelo desporto motorizado se tornou uma realidade, com a participação de Fernando Santos no primeiro rally.

"Ele participou pela primeira vez num rally e eu fui o primeiro navegador dele", recorda o amigo, que acompanhou toda a carreira do piloto penafidelense. "Continuamos a fazer estas brincadeiras mais algumas vezes. Ele na altura já era piloto de Autocross e eu acompanhei-o sempre nas corridas e campeonatos", acrescentou.

Irmão de Joaquim Santos, piloto e campeão nacional de rally, Fernando Santos "foi um dos seguidores do trono do irmão" e continuou o legado da família nas competições nacionais, consagrando-se campeão nacional nas pistas de Autocross e vencendo uma das edições do troféu Terrano II.

Contudo, as habilidades como Fernando Santos foram apenas uma das facetas do piloto de Penafiel que "era um preparador exímio de carros", descreve José Oliveira. As capacidades e conhecimentos mecânicos de Fernando Santos culminaram na criação da equipa de preparação de carros de todo-o-terreno - Depieres.

Os automóveis e as corridas "eram a paixão dele e até à hora de nos deixar ele foi sempre muito dedicado ao desporto", comenta o antigo navegador sobre o piloto que via como "um ídolo que marcou os primeiros anos da Autocross em Portugal".

Enquanto piloto, Fernando Santos "era competitivo, ao ponto de se tornar campeão" e todas as corridas eram levadas "de modo muito sério. Ele era um derradeiro adversário, mas ao mesmo tempo muito fiel. Era um verdadeiro competidor", comenta José Oliveira.

Como pessoa era "um amigo, no verdadeiro sentido da palavra e em todas as situações", tendo sido "sempre um indivíduo muito consensual. Em todas as provas por onde passava criava amizades".

A perda de Fernando Santos vai deixar um vazio na vida de "todos os que contactaram com ele, todos os pilotos, toda a comunidade, vão sentir a falta dele. Nós, quando temos verdadeiros amigos, sentimos a falta deles, não é?", concluiu José Oliveira.