Perante o estudo realizado pela Deco Proteste ao consumo de água, o município de Amarante foi assinalado como "um dos concelhos onde a fatura da água é das mais caras do país". O presidente da câmara, José Luís Gaspar, reagiu com "muita preocupação" e exigiu "um tarifário regulado para todo o país".
Em causa está o estudo realizado pela Deco Proteste, em que o Município de Amarante, encontra-se em primeiro lugar nos cinco concelhos com a fatura global mais elevada para um consumo anual de 120m3. Este cálculo inclui abastecimento, saneamento e resíduos sólidos urbanos.
| Município | Abastecimento | Saneamento | Resíduos Sólidos | Total (€) | Abast. (€) | San. (€) | RSU (€) |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Amarante | Águas do Norte | Águas do Norte | Câmara Municipal de Amarante | 470,13 | 207,93 | 170,21 | 91,99 |
Os valores foram calculados com base na tarifa em junho de 2023 e não incluem IVA.
Neste âmbito, José Luís Gaspar defendeu que "é tempo de agir na regulação do preço deste que é um bem essencial em todo o território nacional", lançando a seguinte questão: "O que este estudo demonstra é a negação da coesão territorial. Tratando-se de um bem essencial, como se pode permitir tão grande disparidade no preço da água dos diferentes concelhos?".
Perante o cenário, considera que é necessário "um tarifário regulado para todos o país" e recorda a concessão aprovada à Águas do Noroeste, agora designada Águas do Norte, em 2011, que afirma ter contestado. "Na altura, enquanto vereador da oposição, o agora presidente da autarquia votei contra a concessão. Não somos nós que definimos o tarifário. Eu disse-o sempre: este contrato de concessão é desastroso".