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A Escola Secundária de Marco de Canaveses recebeu na tarde desta segunda-feira, dia 16 de janeiro, um debate sobre Saúde Mental, inserido numa iniciativa do Parlamento Jovem.

A diretora da escola, Berta Maria de Sousa Magalhães, referiu que este género de projetos são “determinantes para o uso da cidadania e do desenvolvimento pessoal e social dos estudantes”.

Quando questionada sobre o interesse dos alunos nestas atividades, descreve-os como “participativos e muito criativos. O interesse por parte dos alunos tem vindo a aumentar, são os primeiros a agarrar os projetos, basta puxar por eles”.

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Foto: Jornal A VERDADE

Os alunos da escola dividiram-se em duas listas (A e B). Neste caso, a Lista A, tem como candidata Joana Monteiro, que defende a promoção da saúde psicológica, através da análise da influência de familiares, amigos, media e tecnologia nos comportamentos de saúde, bem como, a formação destinada a professores para adoção de competência socio-emocionais.

No caso da Lista B, encabeçada por Tiago Pereira, os objetivos passam pela criação de medidas para promover um ambiente escolar seguro, sobretudo, para alunos que não tenham esse apoio em casa e, ainda, criar uma relação com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e aumentar as equipas multidisciplinares.

Ainda neste âmbito, uma aluna da Lista A argumentou que “as pessoas não conseguem obter ajuda de forma rápida e eficaz. Se os familiares não tiverem possibilidades, ficamos meses à espera, o que leva a que as consequências aumentem”. Assim, conclui que as medidas pensadas em relação à saúde mental devem ser aplicas “já, no presente”.

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Foto: Jornal A VERDADE

Neste sentido, o psicólogo Ricardo Silva, que também participou na sessão, referiu que “perante qualquer estratégia é necessário investimento, sem isso não há como contornar”.

Mencionando, ainda, que a “saúde mental de cada um tem repercussões na vida de toda a gente” e que, atualmente, existe uma “alteração dos vícios” e, por isso, há um “aumento da procura. O vício aumentou porque a funcionalidade aumentou, como é o caso dos telemóveis”.

Terminando por explicar que se os problemas não forem resolvidos numa fase inicial, a situação transforma-se num “quadro terrível muito mais difícil de resolver”.  

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Foto: Jornal A VERDADE

Assim, a diretora Berta Maria de Sousa Magalhães garante que a escola tem “encontrado estratégias” e, por isso, tem três psicólogos a tempo inteiro, isto é, “um residente no serviço de psicologia e orientação, outro inserido no programa plano nacional de promoção do sucesso escolar e, ainda, um no plano do desenvolvimento comunitário”. Para além disso, ainda existe um psicólogo a “meio tempo” que realiza “reforço dos serviços de psicologia e orientação”.

Desta forma, o objetivo da Escola Secundária de Marco de Canaveses é garantir o “bem-estar” dos alunos, porque “um aluno que não tenha saúde mental não consegue desenvolver as suas competências académicas”, termina a diretora.

O evento contou com a participação da presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, Cristina Vieira, da vereadora com o Pelouro da Educação, dois vereadores da autarquia, a deputada da assembleia, Marlene Teixeira, e o psicólogo Ricardo Silva.

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Foto: Jornal A VERDADE