Alberto Santos, atual presidente da Assembleia Municipal de Penafiel, anunciou, ao final da manhã desta quinta-feira, dia 20 de julho, a sua candidatura à presidência da Comissão Política Concelhia do PSD Penafiel.
O candidato terá ao seu lado, como vice-presidentes, Carlos Leão, atual presidente da Junta de Freguesia de Penafiel, e Henrique Martins, presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos. Susana Oliveira, ex-vereadora da Câmara Municipal de Penafiel, é a candidata à presidência da Assembleia de Militantes.
"Faço-o para corresponder aos apelos dos nossos militantes e concidadãos. Faço-o porque me sinto com toda energia e vitalidade para ajudar o PSD a continuar a ser o partido central da vida política penafidelense. Faço-o porque tenho projetos e ideias para ajudar o PSD a colocar de novo Penafiel num extraordinário e nunca visto ciclo de projeção e desenvolvimento. Faço-o porque entendo que chegou a hora de encerrar um ciclo político de mais de 20 anos, e de projetar Penafiel para um novo e renovado ciclo político para os próximos 20 anos! Ainda mais ousado e surpreendente", enumerou Alberto Santos, em conferência de imprensa realizada esta manhã.

Na sua declaração, o candidato afirmou que, "nos últimos tempos", tem sido "de modo pessoal e contínuo, interpelado e desafiado, quer por militantes, quer pelos penafidelenses para voltar a dar um novo contributo a Penafiel. Sem falsas modéstias, à medida que o tempo passava, senti que esse apelo foi sempre em crescendo. E isso tocou-me na consciência. E fez-me refletir que há momentos na vida em que não podemos dizer que não".
"Estive na missão pública durante alguns anos, mas passei mais tempo fora da politica executiva, do que nela. A trabalhar na minha vida privada, essencialmente a exercer como advogado, como agora faço. E sem que a minha carteira de clientes dependa sequer de entidades públicas", disse.
Alberto Santos recordou que esteve na génese do projeto 'Penafiel Quer', que "desde 2002, transformou a cidade e o concelho", defendendo que Penafiel "alcançou uma dinâmica notável, quer ao nível da sua infraestruturação, quer da qualidade de vida, da atração de investimentos e, sobretudo, na perceção de concelho moderno, inovador, criativo, vibrante e tantas vezes surpreendente. Foi assim nos mandatos em que conduzi os destinos do concelho, o que se manteve nos mandatos do meu sucessor, do Dr. Antonino de Sousa, apesar das diferenças que cada um de nós tem na abordagem e na visão do desenvolvimento municipal".

Neste seguimento, o candidato "pensava que não mais seria chamado a uma vida política mais ativa, acreditando na capacidade de este projeto prosseguir o seu curso, em total harmonia com o sentimento dominante dos militantes e da população". Contudo, afirma viver "diariamente em permanente contacto com os problemas reais, das pessoas reais, em pé de igualdade. Com o mundo real, tal como ele é. Por isso, com a reflexão que vinha fazendo, e depois de se tornar pública a decisão do presidente da Comissão Política em se demitir, tomei a decisão de candidatar a Presidente da Comissão Política do PSD de Penafiel".
Sobre os candidatos a vice-presidentes, Alberto Santos destacou o facto de serem "dois militantes de referência, de obra feita e de intensa ligação à população", enumerando as qualidades dos dois presidentes de junta. "Tenho muito orgulho em ter um Carlos Leão e um Henrique Martins como candidatos a vice-presidentes da comissão política", garantiu.

Susana Oliveira, por sua vez, "granjeou o profundo respeito dos penafidelenses, das suas associações, instituições e empresas. Da sociedade civil, no seu todo. Todos sentimos a sua falta quando, pelas razões que explicou, teve de sair da vereação. Contrariamente ao que muitos pensavam, a Susana Oliveira não saiu para ir para um qualquer lugar público. Saiu sem emprego e para trabalhar por sua conta e risco. Também ela só depende do seu trabalho. Mas a Susana Oliveira não virou as costas ao PSD. Está aqui com toda a força e energia. A sua presença nesta lista é para mim uma enorme honra, pela admiração que lhe tenho. Mas é sobretudo uma grande honra para o PSD em Penafiel saber que vai poder contar com ela, como nossa Presidente da Assembleia de Militantes", frisou.

Terminou com um apelo "aos militantes do PSD de Penafiel para que, até às eleições, façam uma reflexão sobre o que pretendem para o futuro do partido e que participem, ativamente, no ato eleitoral".
Alberto Santos defende que demissão do presidente da concelhia "não foi inocente"
O anúncio da candidatura de Alberto Santos à Comissão Política do PSD Penafiel surge no seguimento da demissão de Pedro Santana Cepêda na passada segunda-feira, dia 17 de julho, que, até então, era o presidente.
Na mesma conferência de imprensa, o agora candidato, defendeu que esta demissão de um mandato que devia durar dois anos e apenas durou um ano e quatro meses, "não foi inocente. Para que se pudesse tratar de uma estratégia para o futuro do partido, teria de ser, pelo menos, antecedida de uma reflexão profunda dos membros da comissão política, o que não aconteceu, porque esta já não se reunia há cinco meses", divulgou.
Por outro lado, poderia também ser "uma reflexão da Assembleia de Militantes. O que não aconteceu, porque o último Plenário de Militantes ocorreu no passado dia 17 de março, ou seja, há quatro meses, e do mesmo não resultou qualquer debate ou conclusão que apontasse no sentido estratégico de se fazer terminar as funções dos órgãos a oito meses do final do mandato", acrescentando que "também não existe qualquer diretiva nacional ou distrital nesse sentido. Antes pelo contrário, existem os nossos Estatutos que definem o período de dois anos de vigência dos mandatos concelhios".
Segundo Alberto Santos "esta súbita demissão acontece quando o PSD em Penafiel estava a ter uma grande vitalidade, aliás nunca vista, na atração de novos militantes para o partido. Foram centenas e centenas de militantes que, nos últimos meses, aderiram ao partido, com a esperança e a firme vontade de serem uma voz ativa na escolha da estratégia a seguir para o futuro do partido. Fruto desta súbita demissão, estas centenas de novos militantes cuja adesão ao partido os Serviços Nacionais davam imediato conhecimento ao presidente da Comissão Política Concelhia, já não vão poder participar na eleição".
Para o agora candidato, o presidente da Comissão Política, ao demitir-se, "impediu que (os militantes) pudessem ter um papel ativo na escolha da estratégia futura" do partido em Penafiel. "Razão por que, como disse, esta demissão não foi inocente ou pensar em corresponder à expectativa do que os nossos militantes esperavam para o nosso futuro coletivo. Por esta razão, enquanto militante do PSD, apenas me resta agradecer às centenas e centenas de militantes que decidiram aderir ao partido nos últimos meses, em Penafiel, e esperar que, no futuro, nos ajudem a sermos muito mais fortes, nas grandes batalhas que juntos vamos ter pela frente", concluiu.