De janeiro a março de 2024, foram registados 8.268 acidentes com vítimas, 105 vítimas mortais, 552 feridos graves e 9.642 feridos leves no Continente e nas Regiões Autónomas, um aumento em relação ao período homólogo de 2023.
Segundo o Relatório de Sinistralidade a 24 horas e Fiscalização Rodoviária de março de 2024, da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), em Portugal Continental foram registados, no primeiro trimestre de 2024, 7.918 acidentes com vítimas, mais 251 do que no período homólogo do ano transato; dos quais resultaram 103 vítimas mortais, mais duas do que no ano anterior; 513 feridos graves (mais 3,4%) e 9.254 feridos leves, mais 337. O único indicador onde se observou uma diminuição foi no índice de gravidade.
As colisões rodoviárias representam a maioria dos acidentes (51,4%), sendo responsáveis por 43,7% dos mortos e 44,6% dos feridos graves, seguidas imediatamente pelos despistes (32,8%), responsáveis por 42,7% das vítimas mortais. 54 pessoas morreram em acidentes fora das localidades, uma diminuição relativamente a 2023, no entanto, o índice de gravidade dos acidentes aumentou nestes locais.
A grande maioria das vítimas mortais eram condutores (71,8%), o que corresponde a um aumento de 15,6% em relação ao primeiro trimestre do ano passado; enquanto que 14,6% eram passageiros, percentagem que se manteve, e 13,6% eram peões, uma diminuição de 36,4%.
A ANSR salienta, em comunicado, que a circulação rodoviária aumentou desde 2023, fazendo com que o risco de acidentes aumente.
Quanto à fiscalização, de janeiro a março de 2024, foram fiscalizados 62,2 milhões de veículos, quer presencialmente, pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e pela Polícia de Segurança Pública (PSP), quer através de meios de fiscalização automática do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) da ANSR.
O número de infrações reduziu 6,8% em relação ao período homólogo do ano transato, o que representa um total de 213,8 mil infrações, das quais 72,6% foram por excesso de velocidade, um aumento de 12,1%. A percentagem de infrações relativas ao cinto de segurança, utilização do telemóvel e condução sob efeito do álcool diminuíram. 480,2 mil condutores foram submetidos ao teste de pesquisa de álcool, no primeiro trimestre de 2024.
Mais de 5 mil condutores foram detidos nas estradas portuguesas: 57% por condução sob o efeito do álcool e 33% por falta de habilitação legal para conduzir.
Até março de 2024, cerca de 689,6 mil condutores perderam pontos na carta de condução. Desde junho de 2016, data de entrada em vigor sistema de carta por pontos, 3.012 condutores ficaram com o seu título de condução cassado.