No passado mês de maio, a Associação Dos Profissionais Da Guarda (APG) conquistou a medalha de ouro em futsal, no Mallorca Football Events, em Palma de Maiorca. Na equipa de vencedores esteve Carlos Pinto, que assume a função de treinador adjunto da equipa.
A viver em Lousada há 23 anos, um concelho que gosta “muito” e que considera “muito agradável”, o alentejano assumiu o cargo em 2014 e juntamente com o treinador Duarte Pinheiro, de Chaves, começou a aventura no futsal. “Começamos com um grupo de amigas e, na altura, competíamos só pela zona do Porto. Depois fomos conhecendo atletas e a elevar o nosso nível, até que começamos a participar em campeonatos europeus e mundiais”, recorda.
Os títulos já não são uma novidade para a equipa, que em 2022 foi, pela primeira vez, campeã mundial (na Holanda). No ano seguinte, foi campeã europeia (Palma de Maiorca) e bicampeã do mundo (Holanda). “Em 2019, ficamos em terceiro lugar no mundial. Seguiram-se dois anos em que não fomos fruto da pandemia. Na altura dissemos ‘não vamos desistir desta equipa enquanto não formos campeões mundiais ou europeus’, o que acabou por acontecer. Lembro-me que, quando fomos campões mundiais, o treinador teve um AVC uma semana antes de irmos e fui eu sozinho com a equipa”.
Liderar uma equipa de campeãs é “uma grande responsabilidade“, mas é preciso “ter gosto pelo trabalho que fazemos”, diz Carlos Pinto. Para além disso, é necessária “muita disponibilidade, a vários níveis. Normalmente, marco as férias nas datas das provas e somos nós que assumimos todas as despesas, embora tenhamos ajudas de patrocinadores. Mas é o que costumo dizer, se não fizermos o que gostamos não vale a pena, é como tudo na vida”.
A disponibilidade para os treinos é, também, “pouca” numa equipa composta por jogadoras de “lugares diferentes”. Para contornar a situação, atletas e treinadores viajam para as provas “dois dias antes, para realizar uns treinos em conjunto e treinar as jogadas básicas”.
O treinador adjunto já dedicou algumas horas ao futebol e o futsal é “só com os amigos“. Um “bichinho e uma paixão” que gosta de ter para além do trabalho. “É bom conhecermos outros sítios e pessoas. Por exemplo, em Maiorca estavam presentes 32 equipas, de todos os escalões, e na Holanda eram 400 equipas. Dá para jogar, passar férias, dá para tudo”, garante Carlos Pinto.
A agenda da Associação Dos Profissionais Da Guarda tem prevista a deslocação a Chaves nos dias 4, 5 e 6 de julho, e a Ourense (Espanha), nos dias 14, 15 e 16 de julho.
