Situada na Rua da Costa Verde, em Lordelo, concelho de Paredes, a Casa do Pai Natal voltou a abrir portas no dia 30 de novembro, para dar as boas-vindas à época natalícia.
Pelo segundo ano consecutivo, Luís Moreira, a esposa e os dois filhos – de 14 e cinco anos, voltaram a colocar mãos à obra para cumprir uma tradição iniciada em homenagem ao pai de Cátia. “A minha esposa sempre gostou do Natal e ia ver, com o meu sogro, o casa do Pai Natal em Valongo. O pai faleceu e em forma de homenagem quis dar um seguimento. E fizemo-lo desta forma, a fazer a nossa casa do Pai Natal”, explica Luís Moreira.
Agora “vai ser difícil parar” a tradição, que já é procurada por “muitas pessoas. Quando chega esta altura começam a enviar mensagens a perguntar quando é a inauguração. O ano passado tivemos um feedback positivo das pessoas e das crianças. Já é quase uma atração regional”, diz com orgulho.
Este ano, a Casa do Pai Natal apresenta algumas diferenças, “tem mais luzes, uma máquina de neve para interagir mais com as crianças e um presépio maior. Começamos a fazer mais tarde e tivemos de ter ajuda. Mas geralmente, começámos a preparar tudo um mês e meio antes da inauguração. Temos de testar as luzes, ver se está tudo bem, porque vamos reciclando os materiais de um ano para o outro”, explica.
É um trabalho “demorado” e que passa por “alguns percalços, como a tempestade que houve recentemente” e que obriga a “montar tudo cedo, já a contar com esses percalços. Tudo é feito com ajuda de amigos e familiares, ao fim de semana. Só nós seria quase impossível, porque é muita coisa. Só temos disponibilidade à noite e ao fim de semana”.
Se quiser conhecer de perto a família e casa poderá fazê-lo “à noite. As luzes estão ligadas e o presépio aberto para quem queira ver. Há dias em que temos o Pai Natal lá presente para as crianças trazerem a carta e tirarem foto com ele. Esses dias anunciamos sempre na página. A próxima visita está marcada para este sábado (7 de dezembro), a partir das 21h30”.
As famílias que visitam a Casa do Pai Natal de Lordelo são de vários lugares e, para Luís Moreira, “dão força para continuar, ficam contentes e elogiam“.
À semelhança do ano passado, as crianças podem voltar a enviar cartas ao Pai Natal e são “muitas” as que querem deixar os pedidos. “Tivemos algumas cartas de crianças a pedir comida e roupa, em vez de pedirem brinquedos. Infelizmente, algumas dessas cartas não tinham morada para podermos ajudar. Em 2023 tivemos cerca de 40 cartas de crianças e, este ano, já temos mais. Só no primeiro dia já tivemos à volta 35. Depois nós respondemos às cartas todas. As crianças recebem uma carta do Pai Natal”.
Nas respostas, esta família pretende transmitir aos mais pequenos que “o mais importante é a alegria, a partilha” diz Luís Moreira, que recorda uma carta escrita por uma criança de seis anos. “Tivemos uma carta que nos tocou um bocadinho. Uma menina de seis anos pediu ao Pai Natal que desse saúde ao pai, que estava doente. São cartas que nos tocam mais, o que nos leva sempre a tentar dar mais alegria às crianças. Se calhar aquele bocado que irão passar ali na casa do Pai Natal será um bocado de refúgio e alegria para elas”.
Estes ano, as ‘personagens’ são as mesmas: o doense, o Pai Natal e a Mãe Natal estão presentes para alegria das crianças, que contam, também, com a oferta de “chocolates e rebuçados. Tivemos alguns estabelecimentos que sabiam que nós oferecemos sempre isso às crianças chocolates e que quiseram oferecer. O que para nós também é bom, porque já é menos um gasto que temos”, partilha.
Depois do Natal chega a hora de arrumar tudo outra vez. É um momento “mais triste e demorado colocar as peças todas do presépio nas caixas. Temos de embalar tudo em papel e ter cuidado a embalar as luzes, porque são muitas e caras. Tem de ficar tudo bem guardado para conseguirmos reutilizar no ano a seguir”, explica o paredense, que pede “alegria” para todos neste Natal. “Temos de fazer sempre o bem. Sejam felizes, e quem mais tem, que partilhe com quem menos tem.
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