banda musical de amarante
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Uma associação unida pelo “ambiente incrível”, o “convívio” e um “ambiente incrível”, a Banda Musical de Amarante celebra este ano 170 anos de história, uma data que todos os membros da banda vão celebrar em concerto no dia 1 de dezembro, dia da criação do grupo.

Em 1954 é criada a “Filarmónica Amarantina” a primeira versão da Banda Musical de Amarante, passando depois, em 1931, a ser a banda dos Bombeiros Voluntários de Amarante em 1931. E só no dia 10 de janeiro de 1983, por escritura pública, é que surge a Banda Musical de Amarante, uma associação com, até à data, 55 músicos de idades compreendidas entre os 13 e os 81 anos. 

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Uma banda onde “não há licenciados nem doutores e também não há idade, respeitamo-nos a todos e funciona tudo bem. Quanto mais misturados melhor”, diz o maestro Hugo Folgar enquanto descreve os membros do grupo. 

Hugo Folgar é maestro da associação já há 10 anos e para o líder dos músicos o fator mais importante para manter viva esta tradição musical é “ter um grupo unido e que se divirta”.

Os músicos de Amarante fazem vários concertos ao longo do ano, “estamos sempre em atividade há sempre coisas para fazer”, adianta o maestro. As romarias e festas compõem grande parte dos eventos da associação, bem como concertos de 25 de Abril,  as festas do junho, o Corpo de Deus e até à Páscoa. 

O reportório de músicas, concertos e atividades do grupo vão estar sempre ligados aos típicos arranjos de bandas deste género, mas Hugo Folgar admite que a banda de Amarante “é um bocado diferente, nós fazemos alguns tipos de projetos que o resto das bandas não faz”.  

Um repertório criado “especificamente para a banda” é um dos exemplos da vontade de  “procurar fazer sempre algumas coisas novas” e das diferenças entre o grupo de Amarante e outras bandas nacionais. E são estas diferenças que tornam os “nossos desafios sempre interessantes” e que “tanto os músicos como eu, gostamos de fazer”, frisa Hugo Folgar.

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A presidente da Banda Musical de Amarante, Elisa Antunes, reforça as palavras do maestro e acrescenta: “esta banda é diferente de todas, já fui a algumas festas acompanhá-los, com outras bandas a tocar e francamente a nossa distingue-se”.

Graças à fuga “daquela antiga modinha da banda” e a “um maestro muito dinâmico e inovador, esta banda toca o menos expectável para as pessoas” e é por isso que a “nossa banda é bastante diferente”, salienta a presidente. A capacidade de cativar e manter os jovens são a base do sucesso e longevidade destes projetos e para na opinião de Elisa Antunes, o trabalho de Hugo Folgar “é uma peça fundamental, porque os elementos da banda têm uma relação incrível com ele”.

Os ensaios e concertos contam sempre com um “ambiente fantástico” e todos os membros demonstram “um gosto, que não se trata só dos concertos, há mesmo um gosto pela banda”. A presidente diz mesmo: “a banda é uma família, aqui nota-se o amor pela música. E não há dúvidas e as pessoas sabem e entendem isto, a música une”.

Elisa Antunes lança este desafio a todos os amantes da música se “querem encontrar um espaço onde são onde as pessoas são fraternas e solidárias e amigas, juntem-se à banda musical da Amarante”.

O papel e futuro da Banda Musical de Amarante

A Banda Musical de Amarante recebeu, em 1995, a medalha de honra do município de Amarante e no ano de 2008 foi levada a cabo a primeira edição do estágio de verão e o curso de aperfeiçoamento de sopros e percussão, uma iniciativa que ainda se mantém até hoje.

Um capítulo marcante mais recente da banda foi a aprovação de um apoio da DGARTES no ano de 2021, cujo financiamento apoio o projeto ‘A Banda e a Cidade’, este apoio marca a primeira vez que uma banda musical do país recebeu a aprovação da DGARTES.

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Assim, ao longo dos anos a banda foi se destacando de vários modos, algo que se refletiu na adesão a este projeto: “antes era mais pequeninha e agora tem mais elementos. As atividades da banda também aumentaram. Os trabalhos da banda também aumentaram e as nossas condições, quantidade de pessoal e qualidade também aumentaram”, esclarece Hugo Folgar.

O maestro vê o panorama atual da associação como positivo, “90% dos nossos membros são do concelho” e “já formamos três jovens que estão a estudar música no ensino superior”, salientou.

Os jovens continuam a ser a vida destes projetos e Elisa Antunes frisa que a banda é uma mais valia para a educação musical e pessoal dos mais novos: “nós sabemos que as atividades culturais são uma grande ajuda para os jovens. Disciplina e a capacidade de seguir horários é fundamental no crescimento dos jovens e eles encontram isso na banda”, exemplificou a presidente.

À medida que os membros vão crescendo, por vezes, acabam por abandonar a banda é algo recorrente em todas as bandas mas Hugo Folgar diz que “depende um bocadinho, há quem se mantenha. Nós temos o caso de duas miúdas que estavam mesmo instrumento até estudaram veterinário e continuam na banda. Mas depois sim, há casos que com a vida e o trabalho, especialmente se não trabalharam em Amarante acabam por deixar a banda“.

No entanto, a escola de música da banda tem aceitado regularmente novos membros e a direção reforça que não há idade limite nem entrave para os interessados em juntarem-se a esta “família”.

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