Em declarações aos jornalistas em Oeiras, a governante sublinhou que os meios aéreos são apenas uma parte do dispositivo de combate: “O número de meios aéreos é irrelevante. O que está a causar dificuldade aos operacionais nos incêndios em curso são as características do terreno”, afirmou.
Proteção Civil apela à complementaridade entre meios
Já o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) destacou que o sucesso no combate aos incêndios depende da complementaridade entre os meios aéreos e terrestres.
“Nenhum comandante está satisfeito com os meios que tem à disposição”, admitiu o responsável da ANEPC, também em Oeiras, sublinhando que “a chave está na conjugação eficaz de meios no terreno e no ar”.
Segundo a Proteção Civil, os nove incêndios de maior dimensão ativos em Portugal já mobilizam 2.731 operacionais e 881 viaturas terrestres. Os fogos que mais preocupam as autoridades são os de Penamacor, Arouca e Santarém, onde há populações em risco.
A ANEPC alertou ainda para a complexidade operacional dos incêndios em curso, considerando que, além das condições meteorológicas adversas, o relevo acidentado e de difícil acesso tem dificultado o trabalho das equipas no terreno, comprometendo também a eficácia da atuação dos meios aéreos.