Miguel Leal está de regresso ao Médio Oriente para uma nova aventura no Kuwait. O técnico, de 60 anos, foi anunciado como treinador principal do Al-Tadhamon SC, clube que conduziu na promoção à I Liga daquele país na temporada 2023/2024. O contrato agora firmado é válido por uma época.
Esta será a segunda passagem de Leal pelo emblema kuwaitiano, onde já tinha deixado uma boa imagem. “Provavelmente o bom trabalho que tinha efetuado há algum tempo pesou na escolha do clube para me terem feito este convite”, admitiu o treinador, natural do Marco de Canaveses.
“Foi um trabalho excelente, que culminou com a subida à primeira liga e duas presenças em meias-finais das taças”, lembrou.
Miguel Leal confessa que encara este novo desafio com “o máximo de motivação” e revela ambição dentro dos objetivos realistas do clube.
“Uma boa campanha passa pela manutenção e por bons resultados na taça, quiçá ir a uma final. A equipa não tem condições para lutar pelo título, mas queremos ficar nos primeiros seis e garantir o acesso ao grupo que disputa o campeonato”, adiantou.
Em relação ao plantel, Leal reconhece que o mercado local apresenta dificuldades e mostra-se pragmático: “É chegar, ver o que se tem e tentar rentabilizar ao máximo aquilo que existe. Rapidamente faço uma avaliação dos jogadores e, em função disso, escolhemos a melhor forma de potenciar os valores individuais dentro da nossa ideia de jogo”.
Com uma carreira sólida em Portugal, onde orientou equipas como Cova da Piedade, Varzim, Penafiel, Arouca, Boavista e Moreirense — acumulando mais de uma centena de jogos na I Liga — Miguel Leal viu as portas do futebol nacional fecharem-se nos últimos anos.
“Não consigo explicar por que razão não estou a treinar em Portugal. Houve uma fase em que estava mais virado para o estrangeiro, mas neste momento estava recetivo a ficar por cá, só que não surgiu nenhum convite”, confessou.
Para já, o destino volta a ser o Kuwait — um país que já conhece e onde acredita poder voltar a surpreender.