logo-a-verdade.svg
Sociedade
Leitura: 4 min

Dez detidos por tráfico de droga em Vizela, Porto e Gaia: cinco ficam em prisão preventiva

O Comando Territorial de Braga, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR da Póvoa de Lanhoso, deteve dez pessoas — oito homens e duas mulheres, com idades entre os 25 e os 51 anos — por suspeita de tráfico de estupefacientes, nos concelhos de Vizela, Porto e Vila Nova de Gaia.

Redação

As detenções ocorreram no passado dia 30 de junho, no seguimento de uma investigação que culminou com o cumprimento de 18 mandados de busca, dos quais dez domiciliários e oito em veículos.

A operação resultou na apreensão do seguinte material:

202 doses de cocaína; 160 doses de heroína; 90 doses de MDMA; 12 doses de resina de canábis; Três automóveis; 1 100 euros em numerário; Diverso material informático; Equipamento associado à preparação, acondicionamento e venda de droga.

Os detidos foram constituídos arguidos e presentes ao Tribunal Judicial de Guimarães no dia 2 de julho. Cinco deles — três homens e duas mulheres — ficaram sujeitos à medida de coação de prisão preventiva. Aos restantes foi aplicada a medida de apresentações periódicas nos postos policiais da área de residência.

Organização e atuação do grupo

De acordo com informações avançadas pelo Jornal de Notícias, três dos arguidos foram detidos em flagrante delito e os restantes sete através de mandados de detenção. A mesma fonte refere que a rede operava principalmente em Vizela e no vale do Sousa.

Segundo dados citados pelo JN junto de fonte judicial, a rede era alegadamente liderada por Fábio A., sobre quem recaem também suspeitas dos crimes de resistência e coação sobre funcionário, bem como condução perigosa de veículo rodoviário.

A GNR apurou que, pelo menos desde 29 de maio de 2023, os arguidos se dedicavam à venda de substâncias estupefacientes — incluindo cocaína, heroína e canábis — mediante contrapartida monetária ou outra.

O mesmo órgão de comunicação refere ainda que Fábio A., para além da venda direta ao consumidor, articulava-se com os arguidos Marco S. e Rui G. para aquisição de droga em zonas do Grande Porto, Gaia e Felgueiras, transportando-a depois para Vizela para revenda.

Com o tempo, o grupo terá optado por recorrer com mais frequência a Felgueiras, considerado mais próximo e seguro, reduzindo assim o risco de interceção policial.

Venda dissimulada e casas devolutas

A investigação concluiu que, em Vizela, a venda de droga era feita de forma "cuidadosa e dissimulada", enquanto em Felgueiras o modelo de operação se assemelhava ao de bairros associados ao tráfico nas grandes cidades, como o Porto.

De acordo com a GNR e o Jornal de Notícias, a Avenida da Liberdade, em Felgueiras, foi uma das zonas de atividade do grupo, onde se instalaram em casas devolutas. Ali realizavam as transações durante várias horas do dia, permanecendo no local sem interrupções, chegando a fazer as refeições no interior desses edifícios abandonados.

A investigação prossegue sob a alçada das autoridades competentes.