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Educação e Escolas
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Projeto Media Literacy nas Escolas arrancou em Amarante: alunos atentos aos perigos da desinformação

Primeira sessão decorreu a 24 de fevereiro na Escola Secundária de Amarante

Redação

A primeira sessão do projeto “Media Literacy nas Escolas – Formação para Jovens sobre Jornalismo e Direitos de Autor” teve lugar no passado dia 24 de fevereiro, na Escola Secundária de Amarante, marcando o arranque de uma iniciativa promovida pelo Jornal A VERDADE, com o apoio da VISAPRESS.

Com o objetivo de sensibilizar os alunos para os riscos da desinformação, da propagação de fake news e do uso indevido de conteúdos protegidos por direitos de autor, o projeto percorreu dez escolas da região do Tâmega e Sousa entre fevereiro e maio. Agora que a primeira edição deste projeto está concluída, inicia-se a partilha dos testemunhos recolhidos nas várias sessões, começando por Amarante.

Alunos destacam importância de pensar antes de partilhar

Durante o workshop, os alunos foram desafiados a refletir sobre o impacto da informação que consomem e partilham online. A aluna Maria Inês Costa foi uma das primeiras a destacar a relevância da sessão: “Achei muito interessante porque cada vez vemos na internet mais notícias falsas, em que acreditamos sem sequer saber do que se trata. É importante estarmos mais atentos àquilo que publicamos, àquilo que conversamos e partilhamos com as pessoas.”

Também o aluno Filipe Vieira reforçou a necessidade de formar os jovens para reconhecerem conteúdos manipulados: “Hoje em dia é muito fácil propagar notícias falsas, principalmente se forem mais apelativas. Esta palestra ajudou-nos a perceber como as identificar.”

Citação de fontes e respeito pelos direitos de autor também em destaque

Um dos temas trabalhados na sessão foi o respeito pelos direitos de autor, especialmente em contexto académico. Para Maria Inês, a lição ficou clara: “Temos de dizer sempre de onde vem a informação, para não cometermos erros nem plágio.”

Carlos Dinis Alves destacou ter aprendido novas formas de verificar a veracidade de páginas online, e Tomás Pinto sublinhou a importância de citar o autor e os dados das obras utilizadas. Maria Luís Gonçalves acrescentou que “as fake news são muito comuns e qualquer pessoa pode cair nelas, independentemente da idade”. Já Maiara Oliveira assumiu que, depois do workshop, vai procurar confirmar a veracidade das informações antes de partilhar.

Professores reconhecem impacto direto na cidadania digital

A professora bibliotecária Isabel Araújo sublinhou a importância da iniciativa, cruzando os temas abordados com os princípios da cidadania digital: “Cidadania e cidadania digital são temas que se cruzam. Vivemos cada vez mais no mundo digital e é essencial trabalhar a responsabilidade na partilha de informação, a verificação de fontes e o respeito pelos direitos de autor.”

A docente alertou ainda para um erro comum: “Muitas vezes pensamos que o que está nas redes sociais é de toda a gente, mas não é.”

Direção da escola elogia iniciativa e defende continuidade

A diretora da escola, Ana Cristina Santos, destacou o impacto da ação na formação dos alunos, não apenas enquanto consumidores de informação, mas também enquanto produtores: “É sempre bom educar os alunos para a informação, porque muitas vezes apropriam-se de conteúdos que não são fiáveis e tomam-nos como verdade. Este tipo de workshop é fundamental, até porque muitos destes alunos podem seguir áreas ligadas ao jornalismo.”

A responsável associou ainda o tema à realidade escolar atual: “Estas ferramentas aplicam-se diariamente na escola, quando se fazem trabalhos, quando se fala de plágio ou até da utilização de inteligência artificial. Este tipo de formação ajuda a desmistificar conceitos e a promover boas práticas.”

Jornal A VERDADE disponível para novas sessões

Com a primeira edição do projeto concluída, o Jornal A VERDADE informa que está disponível para realizar novas sessões em escolas da região, tanto neste como em próximos anos letivos.

As instituições que desejam acolher esta iniciativa devem manifestar o seu interesse por email, para [email protected].

O projeto contou com o apoio da VISAPRESS, entidade que representa e protege os direitos de autor da imprensa em Portugal. Ao longo das próximas semanas, serão divulgados os testemunhos de outras escolas, num esforço contínuo de promoção da literacia mediática junto da comunidade escolar.