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Paredes
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Radiomodelismo é a paixão e o hobby de José Pinto

José Pinto, de 54 anos, comerciante no Porto e natural de Paredes, é um dos rostos mais ativos na comunidade nacional de radiomodelismo, especialmente na vertente de veículos todo-o-terreno (TT).

Redação

A paixão pelos carros vem “desde miúdo”, quando, como descreve, “as meninas gostavam de bonecas e os rapazes de carros”. Com o tempo, esse gosto evoluiu até aos modelos telecomandados.

“Começou com a oferta de um carro telecomandado para o meu filho”, conta. “Depois, vimos numa loja uns carros a nitro e comprámos. Mais tarde, com os modelos elétricos a aparecer, comprámos logo três: um para mim e dois para os meus filhos.”

Apesar dos filhos já não participarem com a mesma regularidade — “têm os seus filhos para cuidar” —, José continua dedicado: “Tenho mais tempo e mais facilidade em comprar carrinhos”. Estima ter cerca de 12 modelos TT, além de outros de nitro, drift e velocidade.

O radiomodelismo, explica, “é mais do que comprar um carro e andar com ele. A essência está em montar o kit, ajustá-lo e depois dominar o veículo no terreno. É por isso que se chama radiomodelismo: tem a vertente de modelismo e a de controlo por rádio”.

José participa regularmente em encontros e eventos. “Não consigo ir a todos, há imensos de norte a sul do país e até fora. É um hobby com dimensão mundial.” Embora prefira o convívio entre amigos ao ambiente competitivo, tem marcado presença em algumas provas: “Participei no Racing Fest. O ano passado fiquei em segundo lugar, este ano também.”

Sobre o Penafiel Racing Fest, José defende a inclusão do radiomodelismo no evento: “Faz todo o sentido num festival de desportos motorizados. Além disso, são veículos elétricos, o que está muito atual. A presença do radiomodelismo dá visibilidade ao nosso hobby e mostra às pessoas o que realmente envolve.”

Organizar eventos de radiomodelismo, segundo José, “não é simples”: “É preciso criar regras, pensar na logística, procurar apoios. Não é como no futebol, não há tantos patrocínios. É preciso muita paixão.” Lembra uma recente participação num evento em Castelo Novo do Castelo, que contou com “160 carros e muitas famílias”. “Só a parte da alimentação envolve um grande esforço”, refere.

Mais do que provas, o que o move é o convívio: “Gosto de andar nos montes, nos ribeiros, a subir pedras. É espetacular. Sentimos-nos mesmo bem com tanta gente a partilhar o mesmo gosto. Sozinho não tem piada.”

José destaca ainda o espírito de entreajuda dentro da comunidade: “Se vejo alguém com dificuldades, dou dicas. Não me importo se acharem que estou a ser chato. É para que todos se divirtam tanto como eu.”

A quem queira começar no radiomodelismo, deixa conselhos práticos: “Hoje em dia é fácil. Há muitos vídeos no YouTube — eu próprio tenho um canal —, há grupos no Facebook. Basta contactar alguém que já ande nisto. Se for preciso, empresto um carro. Temos todo o interesse em ter mais gente.”

Por fim, deixa um convite: “Todas as semanas publicamos no Facebook onde vamos andar. Quem quiser, é só aparecer, ver como funciona, fazer perguntas. Vai ver que é espetacular.”

José Pinto é um exemplo claro de como um hobby pode transformar-se numa paixão de vida, unindo gerações, promovendo a amizade e explorando o país fora dos caminhos habituais — sempre com um comando nas mãos.