“Vamos ter a Lua cheia e o que acontece é que a Terra vai ficar à frente da Lua, vai ficar entre o Sol e a Lua e vai bloquear a luz que naturalmente chegava à Lua”, explicou Filipe Pires, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
Segundo o investigador, quando surgir em Portugal a Lua estará “muito mais escura, com uma tonalidade ligeiramente avermelhada”. O fenómeno é popularmente conhecido como Lua de Sangue, já que a única luz que chega ao satélite é a que atravessa a atmosfera terrestre, sendo a luz vermelha a que consegue passar.
Apesar da designação, Filipe Pires afirma que, nas suas observações, a Lua surge geralmente acastanhada, sendo nas fotografias que aparece com “um tom mais avermelhado”, dado que estas captam mais luz do que o olho humano.
O eclipse começará a ser visível em Portugal com a Lua a “nascer já relativamente ocultada” e prolonga-se até cerca das 21h00, altura em que o satélite começa a sair da sombra da Terra.
Filipe Pires, também ligado ao Planetário do Porto, sublinha que este “não é um fenómeno muito raro”, já que acontece aproximadamente de seis em seis meses, quando o plano orbital da Lua coincide com o da Terra em torno do Sol.
De acordo com informação divulgada pelo portal Sapo, o eclipse será visível, pelo menos de forma parcial, por 88% da população mundial – mais de sete mil milhões de pessoas – e na totalidade por 77%, o que corresponde a mais de 6,27 mil milhões de habitantes.