Aníbal Pinto apresentou este sábado, 7 de junho, a sua candidatura à Câmara do Porto pela Nova Direita com uma ação inusitada: fez “chover” notas de cinco euros sobre os apoiantes.
A medida, realizada com recurso a um drone, foi justificada como forma de “reverter parte do orçamento da campanha” a favor dos portuenses.
O anúncio decorreu no Porto, perante cerca de 50 apoiantes, e terminou com dezenas de notas a cair do céu. “Vamos sempre atirar notas, vamos sempre fazer chover dinheiro”, afirmou o candidato, garantindo que o gesto se repetirá nos próximos eventos. “Dava para alugar meia dúzia de salas num hotel de cinco estrelas”, disse, sem precisar o montante total.
No seu discurso, o advogado apresentou propostas controversas, como a venda de todas as casas sociais do município a preços simbólicos entre 20 e 30 mil euros. A operação, sustentou, permitiria à autarquia angariar 300 milhões de euros, somando aos 50 milhões já disponíveis, para construir “até 10 mil novas casas”.
Defendeu ainda o aumento da taxa turística para cinco euros por noite, o que, segundo os seus cálculos, permitiria arrecadar cerca de 50 milhões de euros anuais para investir na cidade.
Em matéria de segurança, Aníbal Pinto propõe a presença de polícias gratificados em zonas problemáticas, com custos a cargo dos comerciantes, que seriam compensados com benefícios nos licenciamentos.
Relativamente à mobilidade, o candidato quer implementar uma portagem urbana para visitantes, isentando trabalhadores, estudantes e quem se desloca para visitar familiares. Complementarmente, defende transportes públicos gratuitos para residentes.
Questionada sobre a distribuição de dinheiro, a presidente da Nova Direita, Ossanda Líber, negou qualquer tentativa de compra de votos. “Se tiver um ‘outdoor’ a prometer baixar impostos, também é dinheiro, não é?”, respondeu.
Além de Aníbal Pinto, estão confirmadas as candidaturas de Manuel Pizarro (PS), Pedro Duarte (PSD), Diana Ferreira (CDU), Nuno Cardoso (Porto Primeiro), Vitorino Silva “Tino de Rans” (RIR), António Araújo (Porto à Porto), Sérgio Aires (BE) e Filipe Araújo (independente).
O executivo atual é composto por seis eleitos do movimento de Rui Moreira, três do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas de 2025 deverão decorrer entre 22 de setembro e 14 de outubro.