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Marco de Canaveses
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Feira do Pão Podre decorre em Marco de Canaveses com "sabores e tradição" junto ao rio

A cidade do Marco de Canaveses está a viver um fim de semana "recheado de tradição e sabores autênticos" com a 5.ª edição da Feira do Pão Podre e Produtos Locais, que decorre até este domingo, 13 de abril, no Parque Fluvial do Tâmega.

Redação

O evento, organizado pelo Grupo Cultural e Recreativo da Aldeia de Canaveses (GCRAC), traz pela primeira vez dois dias de festa, dedicados à promoção de um dos doces mais típicos da região nesta altura da Páscoa.

O Pão Podre, estrela do certame, é acompanhado por uma mostra diversificada de mel, compotas, fumeiro, produtos hortícolas, artesanato e vinho verde, num evento que junta cultura, gastronomia e dinamização da economia local.

Uma das grandes novidades desta edição é a demonstração ao vivo da confeção artesanal do Pão Podre. “Os visitantes podem ver todo o processo, desde o amassar até à cozedura nos fornos, o que torna a experiência muito mais autêntica e participativa”, afirmou Sérgio Silva, presidente da Mesa da Assembleia do GCRAC.

Segundo o responsável, o alargamento da feira a dois dias foi motivado pelo “sucesso das edições anteriores e o feedback positivo dos participantes”. Sérgio Silva destacou ainda o envolvimento da comunidade local: “Temos connosco, por exemplo, a dona Né, uma referência nas padarias da região, e produtoras que aqui vendem o seu pão podre com muito orgulho.”

A presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, Cristina Vieira, também marcou presença no evento e sublinhou a importância de iniciativas como esta para preservar e promover o património gastronómico local. “O Pão Podre é um doce típico da freguesia de Sobretâmega e, curiosamente, ainda é desconhecido para muitas pessoas do próprio concelho”, referiu.

“É um bolo que se come muito bem fresco, mas que também é delicioso quando torrado. É único e não existe em mais lado nenhum, por isso temos o dever de o promover, dentro e fora do concelho”, destacou Cristina Vieira.

A autarca frisou ainda que a feira “tem um papel importante na valorização da identidade local, ao mesmo tempo que dinamiza a economia, dá visibilidade aos produtores e atrai visitantes ao território, numa altura tão especial como a Páscoa.”

Música, tradição e sabores num cenário único

Além da doçaria, o evento conta com um ambiente festivo proporcionado por grupos como os Bombos de Sobretâmega, concertinas, Gaiteiros do Couto Misto e o Grupo Musical Amigos do Sousa e Tâmega, animando o Parque Fluvial do Tâmega durante todo o fim de semana.

Com entrada gratuita e uma programação pensada para todas as idades, a Feira do Pão Podre é "uma oportunidade para os visitantes saborearem iguarias únicas, conhecerem as tradições locais e desfrutarem de momentos em família à beira-rio".

O convite está feito: “Para quem ainda não conhece o Pão Podre, é imperdível. Venham provar este doce e aproveitar tudo o que a nossa terra tem para oferecer”, concluiu Sérgio Silva.