A dançar em grupos de folclore desde os seis anos, Márcia recorda-se de ver o grupo de Penafiel numa atuação de São Martinho e ficar logo interessada em juntar-se a eles. “Tive logo muito interesse pelo Grupo Folclórico de Penafiel, entretanto surgiu um convite para me juntar a eles e nunca mais saí”, diz num tom alegre.
Encantada pelas “danças bonitas”, Márcia Cunha não resistiu a juntar-se a este grupo e agora aos 30 anos continua a ser uma presença assídua nas atividades do grupo onde acabou por perceber de onde vem toda esta “atitude em palco”.
A Raça de Penafiel em Palco
Segundo a dançarina: “Nós como grupo gostamos de mostrar a nossa raça e dizemos que temos a raça de Penafiel nas veias e subimos ao palco em todas as saídas com essa garra, encarando cada atuação como um desafio a superar”. Márcia Cunha admite que, mesmo antes de entrar no grupo, já tinha noção de que para dançar como os membros mais experientes seria difícil. “As danças eram bonitas mas sabia que iam dar trabalho de aprender e ao início pensei mesmo que não ia conseguir fazê-lo”, confessa.
No entanto, inspirada pelo espírito do grupo, Márcia encarou este desafio e hoje dança “para partir o palco todo, como costumamos dizer antes de atuar”, admite entre risos.
O Folclore como Paixão de Família
Orgulhosa por fazer parte da tradição do folclore, Márcia Cunha admite que entrou no grupo mas não o fez sozinha durante muito tempo. “A minha irmã entrou logo de seguida com seis anos, depois foi o meu pai, a minha irmã também, a minha mãe e depois o meu namorado”, conta a dançarina.
Uma paixão de família, o folclore acabou por se tornar “numa segunda casa para a nossa família, onde gostamos de estar pelo convívio e o tempo que passamos juntos”, salienta. E em cada atividade do grupo é mesmo isso que não falta, convívio. “Saímos se for preciso de manhã a cantar até chegar ao destino e depois voltamos à noite para casa a fazer o mesmo. Sempre a cantar e a brincar uns com os outros”, descreve Márcia Cunha.
Festival de Folclore: O Momento Alto do Ano
Um dos pontos altos do calendário do Grupo Folclórico de Penafiel é o Festival de Folclore do grupo que este ano realiza a sua 39.ª edição, a decorrer já amanhã, dia 2 de agosto.
“É uma atuação muito importante porque é uma coisa nossa, totalmente criada por nós, desde a decoração ao almoço, ao jantar, é tudo feito pelos componentes do rancho”, reforça a dançarina.Um dos momentos “mais bonitos do calendário, todos deviam assistir a esta que é a nossa saída mais marcante”, diz Márcia Cunha, lançando o convite a toda a população da região.