Santa Marinha do Zêzere é próxima aposta industrial de Baião

Após a inauguração da expansão da Área de Acolhimento Empresarial de Campelo, no sábado, 14 de junho, (pode ler notícia aqui) o presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, revelou que a criação de uma nova zona industrial em Santa Marinha do Zêzere é agora a principal prioridade do executivo.

“A nossa vontade era estar hoje a inaugurar Santa Marinha. Isso significaria que Campelo já estaria resolvido há mais tempo. Mas as dificuldades foram muitas, desde atrasos burocráticos até problemas técnicos”, afirmou o autarca durante a cerimónia, explicando que o novo projeto avançará assim que forem reunidas as condições para nova candidatura a fundos comunitários.

Segundo o presidente, para submeter novas candidaturas, é necessário que 70% das áreas industriais anteriores estejam ocupadas e com projetos licenciados. “Neste caso, os oito lotes de Campelo foram vendidos na totalidade na primeira hasta pública. Isso permite-nos avançar”, frisou.

Paralelamente, Paulo Pereira anunciou que, com a entrada em vigor do novo Plano Diretor Municipal (PDM), será possível expandir ainda mais a área de Campelo, para terrenos localizados a montante da atual zona empresarial.

“Não será por falta de resposta do município que os empresários deixarão de ter espaço para crescer. Queremos que Baião continue a atrair investimento, fixar população e criar emprego.”

A procura elevada por lotes foi um dos indicadores da atratividade do concelho. De acordo com o presidente, “houvesse três vezes mais lotes e teriam sido todos vendidos”, com várias empresas a manifestarem interesse em adquirir múltiplos terrenos. A maioria das empresas que agora se vão instalar são de fora de Baião, o que, na perspetiva do executivo, representa uma oportunidade para dinamizar a economia local e fomentar a empregabilidade.

“Investimento público ao serviço da iniciativa privada”

Durante a sua intervenção, o autarca fez ainda questão de recordar que a obra representa um investimento municipal de 1,325 milhões de euros, dos quais apenas 390 mil foram financiados por fundos comunitários. Os terrenos foram cedidos por um valor significativamente abaixo do custo de construção.

“É uma forma indireta de apoiar as empresas, já que legalmente não podemos transferir apoios diretos para entidades com fins lucrativos”, explicou.

A autarquia também ativou uma “Via Verde Investidor”, permitindo acelerar o processo de licenciamento das construções, com o objetivo de ver rapidamente as novas empresas a laborar.

No final da cerimónia, Paulo Pereira prestou homenagem ao vereador José Lima, responsável pela área económica, que deixará de integrar a equipa autárquica no próximo ciclo. “Foi ele que esgotou a capacidade da zona industrial anterior, alterou regulamentos e liderou a aquisição dos novos terrenos. Esta inauguração também lhe deve muito”, concluiu.