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Bienal Internacional de Arte de Gaia arranca hoje com 51 exposições e tributo a Lagoa Henriques

A 6.ª edição da bienal é inaugurada este sábado pelas 16 horas decorre até 12 de julho, envolvendo mais de 250 artistas em 15 localidades

Redação

A Bienal Internacional de Arte de Gaia regressa este sábado, 5 de abril, à Quinta da Fiação, em Lever, Vila Nova de Gaia, para a sua 6.ª edição, com um total de 51 exposições e uma homenagem ao escultor Lagoa Henriques. O evento decorre até 12 de julho e reúne mais de 250 artistas nacionais e internacionais.

Um espaço industrial transformado em galeria de arte

Os dois pavilhões da antiga Companhia de Fiação de Crestuma, com cerca de seis mil metros quadrados, acolhem 25 exposições coletivas e 26 individuais. A diversidade e amplitude das mostras espelham a dimensão internacional da bienal, que se tornou um dos maiores eventos culturais da região Norte e do país.

Além de Gaia, a bienal estende-se a outros 14 destinos: Baião, Esposende, Ferrol (Galiza), Funchal, Lisboa, Macedo de Cavaleiros, Oliveira do Hospital, Paços de Ferreira, Paredes, Peso da Régua, Póvoa de Varzim, Sertã, Viana do Castelo e Viseu.

Lagoa Henriques em destaque

Um dos momentos centrais desta edição é a homenagem ao escultor Lagoa Henriques, com uma exposição que reúne dezenas de desenhos e esculturas do artista. O tributo recorda a vida e obra do escultor, que foi aluno da Faculdade de Belas Artes do Porto e professor nas escolas do Porto e de Lisboa.

Segundo o diretor da bienal, Agostinho Santos, a iniciativa continua a crescer em notoriedade e diversidade: “Temos cada vez maior diversidade de nacionalidades no concurso, um interesse crescente de Norte a Sul e nas ilhas em acolher polos da bienal e em propagar esta corrente artística que assume diversas expressões e que mostra tão distintas perspetivas da arte e até do mundo”.

Exposições e programação paralela

Entre os destaques da programação estão a exposição integrada no Porto Cartoon World Festival, com 40 cartoonistas internacionais a abordarem temáticas sociais, e a coletiva escolar “Comemoração dos 50 anos de Abril de 1974 vai às escolas”, integrada no Plano Nacional das Artes. Também no âmbito educativo, a instalação “OSMOPE” apresenta trabalhos de crianças em idade escolar.

As exposições individuais incluem nomes como Alexandre Rola, Brigitte Szenczi, Juan Antonio Mañas, Constança Lucas (Brasil), Domingos Loureiro, Emerenciano, Rosa Godinho, Rui Carvalho, Sérgio Lemos (Brasil), Tino Canicoba (Galiza), entre muitos outros. Está ainda prevista a exibição de livros de artista, tanto individuais como coletivos.

O Concurso Internacional, que recebeu 162 candidaturas de artistas de vários países, culminará com a atribuição do Grande Prémio da Bienal pela Câmara Municipal de Gaia.

Arte, tertúlias e causas sociais

Além das exposições, a bienal inclui tertúlias, residências artísticas e outras iniciativas culturais. Entre elas destaca-se a mostra “Bandeiras pela Paz”, realizada em colaboração com o Conselho Português para a Paz e Cooperação.

O encerramento oficial está marcado para 12 de julho, com a inauguração da exposição “Gabinete de Curiosidades/Museu de Causas”, na Reitoria da Universidade do Porto. Esta mostra contará com obras de ex-alunos e professores das Belas Artes e de outras faculdades da universidade.

Um investimento na cultura

A organização revelou que o orçamento disponível para esta edição ronda os 200 mil euros, reafirmando o compromisso com a promoção da arte contemporânea em Portugal e a criação de uma plataforma de expressão artística plural e descentralizada.

Com uma programação rica e descentralizada, a Bienal Internacional de Arte de Gaia assume-se como uma referência no panorama artístico nacional, promovendo o diálogo entre artistas, comunidades e territórios.