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Sociedade
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Burlas por falso arrendamento aumentam 25% no primeiro trimestre de 2025

A Polícia de Segurança Pública (PSP) registou 390 queixas por burla relacionada com falsos arrendamentos de imóveis entre janeiro e março de 2025, o que representa um aumento de cerca de 25% face ao mesmo período de 2024, com mais 77 ocorrências.

Redação

Segundo dados divulgados pela PSP, nos últimos três anos foram contabilizados 4.267 crimes deste tipo, sendo 1.214 em 2022, 1.542 em 2023 e 1.511 em 2024, com uma ligeira descida face ao ano anterior. Apesar disso, a tendência global aponta para um crescimento contínuo deste fenómeno.

Estas burlas, frequentemente associadas a fraude informática, têm-se tornado cada vez mais sofisticadas e difíceis de detetar, devido à evolução digital. Os esquemas mais comuns passam por anúncios falsos em plataformas de alojamento online ou classificados em jornais, nos quais os burlões utilizam fotografias e moradas reais, oferecendo imóveis a preços atrativos.

Após o contacto inicial, os burlões instruem as vítimas a realizar pagamentos antecipados através de transferências bancárias, cheques ou envio de numerário, acabando por desaparecer com o dinheiro. Em alguns casos, o anúncio é removido após o pagamento; noutros, o burlão continua a interagir com a vítima com respostas evasivas até ao último momento.

A PSP alerta que estas burlas só são descobertas quando a vítima tenta ocupar o imóvel e se apercebe de que ele não existe ou está habitado por terceiros.

Como forma de prevenção, a PSP aconselha:

  • Confirmar a veracidade dos anúncios através de sites e plataformas de confiança;

  • Desconfiar de preços abaixo do mercado;

  • Pesquisar imagens, moradas e dados do imóvel online;

  • Solicitar documentação adicional, como cópia de contratos de eletricidade, gás ou água;

  • Verificar se o nome associado ao IBAN coincide com o do anunciante;

  • Evitar aceder a links enviados por e-mail ou redes sociais;

  • Em caso de dúvida, contactar o banco para cancelar pagamentos suspeitos.

A PSP reforça a importância de nunca transferir dinheiro antes de verificar a legitimidade do arrendamento, alertando para a frequência diária de ocorrências e a necessidade de maior atenção por parte dos arrendatários.