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Lousada
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Filipa Pinto: “Vamos dar a volta a isto”

Deputada do LIVRE eleita pelo Porto, ocupando o 2.º lugar na lista, quer combater desigualdades sociais e recuperar confiança na política.

Redação

Com um percurso político ativo desde 2019, a nova deputada encara esta eleição como a concretização de um objetivo pessoal e coletivo.  “Esta eleição representa a concretização de um objetivo do LIVRE (a eleição de mais deputados pelo Círculo do Porto) e a realização de um objetivo pessoal, de poder contribuir para a construção de uma sociedade melhor e mais justa”, afirmou.

O crescimento do LIVRE — que duplicou o número de eleitos no Porto — surge, segundo Filipa Pinto, num contexto desafiante para a esquerda, com uma deslocação do eleitorado para partidos mais à direita. “Este crescimento significa uma responsabilidade acrescida para o LIVRE. Por um lado, não podemos defraudar aqueles que votaram em nós, por outro lado, temos de recuperar os votos de pessoas zangadas com a política que foram para a direita”, justificou. 

A nova deputada acredita que o caminho passa por “unir a esquerda e reconquistar a confiança das pessoas”. Assumindo que os adversários estão “na direita e na extrema-direita que querem o enfraquecimento e, em última análise, a destruição do estado social”. Filipa Pinto reforça que o maior desafio é “dar a volta a esta ameaça que representa o crescimento da extrema-direita”.

Prioridades para o Tâmega e Sousa

Natural de Valongo, mas a residir em Lousada, Filipa Pinto identifica os principais desafios da região, como os baixos salários, a falta de mobilidade e o crescente custo da habitação. “Esta região é uma zona de baixos salários, devido ao tipo de economia da região. [...] Há uma dificuldade de mobilidade devido à falta de acesso a transportes públicos frequentes e de qualidade”, sublinhou, apontando também os atrasos na Linha do Vale do Sousa como um entrave ao desenvolvimento.

Na habitação, alerta para a subida dos preços: “Se antes, a região era procurada por casais jovens, porque as casas ainda tinham um preço mais acessível do que no Porto, hoje em dia tal já não acontece”.

Entre as soluções propostas pelo partido, destaca o aumento progressivo do salário mínimo até aos 1250 euros em 2029, a criação de um passe nacional de mobilidade, mais investimento na educação, saúde e cultura, bem como políticas ambientais e sociais que permitam um envelhecimento digno e o reforço da rede pública de creches e lares.

Liberdade com dignidade

“Melhores rendimentos, mais dignidade, maior liberdade” é uma frase que, segundo a própria, pode resumir a sua ação política. “Ninguém é livre se não tiver um salário que lhe permita ter uma vida digna”, referiu, acrescentando que a liberdade só é plena se forem assegurados os direitos fundamentais como saúde, educação e um planeta saudável.

Participação nas comissões parlamentares

Filipa Pinto expressou vontade de integrar a Comissão de Educação e Ciência e a Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, áreas onde já tem experiência anterior e que considera relevantes para a sua atuação parlamentar.

Mensagem à região

A nova deputada deixa uma mensagem de esperança aos cidadãos do distrito: “Gostaria de deixar uma mensagem de esperança e a garantia de que vamos dar a volta a isto. O que me dá ânimo é olhar para os mais jovens e pensar que não lhes podemos deixar um mundo pior do que o que recebemos".

"Muita gente lutou pela Democracia e pela Liberdade. É nossa obrigação entregar às crianças e jovens de hoje uma sociedade onde seja seguro viver, um mundo mais solidário e mais justo. Não lhes podemos retirar a esperança. Tudo farei para que essa esperança não morra”, acrescentou. 

Com um discurso centrado na justiça social, sustentabilidade e coesão territorial, Filipa Pinto promete representar o distrito com empenho e compromisso.