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Marco de Canaveses
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Escola Básica de Sande acolheu exposição artística feita por alunos do concelho e promoveu workshops artesanais

A Escola Básica de Sande, no concelho do Marco de Canaveses, recebeu esta quarta-feira, 4 de junho, uma manhã dedicada às tradições locais, através de uma exposição artística original e diversos workshops artesanais, integrados no projeto “Mãos que Criam”.

Redação

A iniciativa, promovida pelo Agrupamento de Escolas de Sande, juntou alunos do pré-escolar ao 3.º ciclo, com o objetivo de valorizar o património cultural e artístico da região.

Segundo Fernanda Coutinho, professora do 1.º ciclo e coordenadora desta atividade, esta iniciativa surge no âmbito do plano cultural da escola. “Todos os anos procuramos que os alunos se inteirem de diferentes vertentes do património. Este ano, quisemos destacar o artesanato, para que conheçam as suas raízes e se apropriem daquilo que é deles”, referiu.

Um dos elementos mais marcantes foi a exposição de trabalhos criativos realizados em portas antigas reaproveitadas. A ideia, que surgiu de uma inspiração externa, revelou-se um sucesso inesperado. “Até eu estou surpreendida com as portas que aqui estão. A criatividade foi posta em ação e transformaram algo sem utilidade em arte”, comentou a professora.

Para além do valor artístico, a iniciativa procurou também promover competências práticas e o espírito colaborativo entre alunos de diferentes ciclos. O contacto direto com artesãos locais, muitos dos quais avós ou familiares dos estudantes, foi um dos aspetos mais valorizados da manhã. “Estes encontros geracionais são fundamentais. Os mais novos aprendem com os mais velhos e, ao mesmo tempo, criam laços com as suas origens”, destacou Fernanda Coutinho.

Os workshops decorreram durante a manhã e incluíram atividades como fabrico de broa e pão podre, exposição de artesanato, cesteria, entre outras manualidades tradicionais, bem como a presença do Grupo de Danças e Cantares S. Martinho de Sande.  “Estamos numa fase mais de ver do que de fazer. Mas é preciso que as crianças façam, vejam fazer e queiram fazer”, sublinhou Fernanda Coutinho, reforçando o valor educativo destas experiências práticas.

Outra vertente do evento foi a valorização de produtos locais. Durante os workshops, os alunos puderam experimentar fazer broa e pão podre, orientados por membros da comunidade com saberes antigos. Alguns produtos estiveram também à venda, numa pequena feira improvisada que atraiu professores, alunos e familiares. “É um pequeno mercado, mas com um grande significado. Estamos a ensinar que aquilo que é nosso tem valor e merece ser preservado e partilhado”, reforçou a coordenadora.

A adesão dos alunos foi possível graças ao envolvimento da comunidade. “Os pais têm sido nossos aliados, tal como a Junta de Freguesia, que nos ajuda com transporte. É um esforço conjunto que tem valido a pena. Queremos que estas atividades façam parte do percurso escolar dos nossos alunos. Não é apenas uma aula diferente, é uma vivência que os marca”, concluiu.

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