Descarrilamento do Elevador da Glória em Lisboa provocou 15 mortos e 18 feridos, confirmou o INEM. Investigações já estão em curso.
O emblemático Elevador da Glória, que liga a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto, descarrilou esta quarta-feira à tarde, por volta das 18h05, vindo a embater num edifício junto à Avenida da Liberdade. O acidente resultou em 15 vítimas mortais confirmadas pelo INEM e deixou 18 feridos — cinco em estado grave e 13 ligeiros, entre os quais uma criança.
O INEM detalhou que os feridos foram encaminhados para os hospitais de São José, Santa Maria e São Francisco Xavier.
No local do sinistro estiveram presentes dezenas de operacionais — incluindo INEM, bombeiros, proteção civil e polícia — suportados por 62 meios humanos e 22 viaturas, contando-se ainda a ativação da Viatura de Intervenção em Catástrofe do INEM.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou que “Lisboa está de luto” e cancelou toda a sua agenda prevista para o dia seguinte. O Governo e o primeiro‑ministro Luís Montenegro expressaram profundo pesar e garantiram acompanhamento próximo da situação. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou o desastre, pediu esclarecimentos célere e decidiu cancelar a Festa do Livro em Belém, programada para os próximos dias.
A Autoridade de Mobilidade e Transportes (AMT) anunciou uma ação de supervisão que será realizada nos próximos dias, com divulgação dos resultados com “a maior celeridade possível”.
Por seu lado, o Ministério Público já abriu um inquérito, e o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) iniciará investigação específica ao sinistro.
Segundo especialistas, a causa mais provável foi o rebentamento de um cabo de tração, que provocou a perda de controle do funicular. Testemunhas no local descreveram o elevador como “desenfreado”, embatendo “com uma força brutal num prédio e desfez-se como uma caixa de cartão”, numa ocorrência de “algo impressionante”.