A atualização já está disponível no país, mas a partilha de localização encontra-se desativada por predefinição, mostrando a posição apenas dos utilizadores que a tenham ativado. Quando anunciada em agosto, a função gerou dúvidas sobre a proteção de dados, embora a Meta tenha esclarecido que a ativação requer dupla verificação de consentimento, confirmando que o utilizador está de acordo com os termos.
O co-fundador do projeto “Agarrados à Net”, Tito de Morais, reconhece que a nova funcionalidade pode trazer benefícios, como aumentar o engajamento com pessoas próximas ou ajudar a encontrar negócios locais. No entanto, a co-fundadora Cristiane Miranda alerta que a partilha de localização em tempo real expõe os utilizadores a riscos, especialmente os jovens, que já partilham frequentemente a sua localização noutras redes como o WhatsApp.
Cristiane Miranda salienta ainda que existe o perigo de superexposição, com a pressão social a levar a uma necessidade constante de partilhar atividades, muitas vezes sem diferenciar amigos de conhecidos. Tito de Morais acrescenta que a pressão social pode transformar-se em coação, sobretudo em crianças, tornando essencial o diálogo sobre os riscos associados.
A funcionalidade permite escolher se a partilha de localização é feita com todos os amigos e seguidores, apenas com “amigos chegados”, ou numa lista mais restrita escolhida pelo utilizador.
Além do Instagram Map, a rede social passou a permitir também a republicação de “reels” e publicações públicas, à semelhança do TikTok. Segundo a agência EFE, o Instagram conta atualmente com três mil milhões de utilizadores mensais em todo o mundo.