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Marco de Canaveses
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Em Assembleia Municipal, câmara adianta que pavimentação da estrada Marco-Avessadas arranca em breve

Na Assembleia Municipal do Marco de Canaveses desta sexta-feira, 27 de junho, foi levantada a conclusão das obras na estrada Marco-Avessadas e os constrangimentos causados à população.

Redação

Durante as intervenções, Artur Soares, deputado do PPD/PSD, trouxe à discussão uma lista de consequências que a obra, a decorrer há mais de um ano, tem trazido à comunidade. Por sua vez, o executivo municipal, na pessoa da presidente da câmara, Cristina Vieira, garantiu que a obra encontra-se dentro dos prazos legais e adiantou que a pavimentação está prestes a começar. 

A questão do estado da estrada que liga Alpendorada, Várzea e Torrão ao coração da cidade do Marco de Canaveses foi levantada pelo deputado do PPD/PSD, Artur Soares, em Assembleia Municipal. Embora reconheça a importância da obra, considera o processo demorado, desorganizado e com ausência de fiscalização. "Poucas dúvidas me restam quando à total ausência de fiscalização e de planeamento por parte da câmara municipal. Governar é antes de tudo planear, não importa só fazer, importa fazer bem". 

Durante o discurso, destacou negativamente o tempo e a execução da empreitada. "Quem trabalha ou circula no nosso concelho está há mais de um ano em permanente estado de destruição. As valas são abertas e fechadas constantemente, mal batidas ou nem sequer batidas, há zonas onde o pavimento colapsa dias após as intervenções, com fugas de água que se arrastam há mais de três semanas sem qualquer resolução. Além disso, a estrada está mal sinalizada, pavimentada, sem informação possível e sem fiscalização no terreno", questionando o executivo sobre a presença e eficácia de uma fiscalização rigorosa. 

Referindo-se aos cidadãos que vivem e/ou trabalham no Marco de Canaveses, Artur Soares falou na Assembleia de danos causados às viaturas. "A impressão que fica é que o único controlo de qualidade está a ser feito pelos carros dos marcoenses, que são forçados a testar os buracos e as valas. Milhares de pessoas passam ali todos os dias e, ainda assim continuamos a assistir a repetição de erros. Os prejuízos acumulam-se, jantes partidas, pneus furados, amortecedores danificados, os relatos são inúmeros", exigindo informação clara sobre os prazos previstos e reais para a execução da obra, uma auditoria técnica urgente à qualidade das intervenções feitas e um canal direto de reclamação e compensação pelos danos causados às viaturas, bem como uma maior fiscalização. 

A presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, Cristina Vieira, deu nota de que a pavimentação da estrada, faseada em dois momentos, irá arrancar em breve, com prazo estipulado de 15 dias, acrescentando que a mesma se encontra dentro do prazo legal. "A obra foi consignada a 10 de fevereiro de 2024, segundo que aquilo que está no contrato é que a obra termina no dia 25 de agosto de 2025, ou seja, esta obra está dentro do prazo. O procedimento concursal desta obra foi feito por concurso público e, neste caso, o projeto até foi feito fora e a empresa disse que a empreitada deve ter como prazo 18 meses, por isso mantém-se dentro do prazo". 

No que toca aos danos materiais que o estado da estrada pode causar às viaturas, a autarca partilhou que estão a ser analisadas cerca de sete situações: "Sobre os danos materiais em viaturas é verdade, temos recebidos algumas queixas, estão a ser avaliadas cerca de sete queixas pelo Gabinete Jurídico e claro que temos um empreiteiro em obra que tem um plano de segurança e, se não for cumprido, logicamente, que a câmara municipal vai pedir que as empresas paguem e suportem esses danos aos marcoenses. Mas a equipa de fiscalização de obras está lá, não está todos os dias porque temos imensas obras pelo concelho. Mas está e existem ainda reuniões de obra com frequência". 

Dirigindo-se aos marcoenses, a presidente lamentou os constrangimentos causados pela empreitada: "Já pedi à população desculpas por isso, mas não é possível fazer obras sem constrangimento, e é necessário reconhecer que é uma obra que vai resolver um problema de água e saneamento em Avessadas e Rosém, mas também na cidade, em Tuías e no Freixo".