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Sociedade
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Greves em Itália e Portugal poderão causar perturbações nos planos de férias de milhares de viajantes

Milhares de passageiros poderão enfrentar atrasos e cancelamentos nos seus voos este fim de semana devido a greves previstas em Itália e Portugal, que afetam aeroportos e trabalhadores do setor aéreo.

Redação

Em Itália, está marcada uma greve nacional de quatro horas no dia 26 de julho, entre as 13h e as 17h, que envolverá operadores de carga, pessoal de terra e trabalhadores dos principais aeroportos do país, incluindo Milão Malpensa, Milão Linate, Roma Fiumicino, Florença, Nápoles e Veneza.

Esta paralisação poderá afetar voos de companhias como EasyJet, Ryanair, British Airways, Wizz Air, Tui, Volotea e ITA Airways. Também está previsto um protesto no aeroporto de Milão Linate pelo pessoal da Swissport que presta serviços de check-in e porta de embarque. Além disso, a companhia aérea espanhola Volotea, que opera em mais de 100 cidades europeias, anunciou uma greve da sua tripulação e pilotos no mesmo dia, o que poderá causar impacto nas rotas aéreas europeias.

Em Portugal, os trabalhadores da SPdH/Menzies, antiga Groundforce, iniciaram uma greve na madrugada de 26 de julho, que se estende até 29 de julho à meia-noite. Esta paralisação repete-se nos fins de semana prolongados de agosto, nomeadamente de 8 a 11, 15 a 18, 22 a 25 e 29 de agosto a 1 de setembro, afetando sobretudo o aeroporto de Lisboa e outros aeroportos nacionais.

As reivindicações destas greves prendem-se com melhorias nas condições de segurança, trabalho, equilíbrio entre vida profissional e familiar, e renovação dos contratos nacionais.

Para minimizar o impacto das greves, a legislação italiana exige níveis mínimos de serviço, garantindo que alguns voos, principalmente entre as 7h-10h e 18h-21h, decorrem normalmente. A Autoridade Nacional da Aviação Civil Italiana (ENAC) disponibiliza ainda uma lista de voos garantidos, incluindo ligações para algumas ilhas, como Sardenha, Sicília e Lampedusa, que costumam estar excluídas destas ações.

No caso de voos cancelados ou atrasados devido a greves de trabalhadores de companhias aéreas, os passageiros poderão ter direito a indemnizações. Segundo Darina Kovacheva, diretora do departamento jurídico da SkyRefund, passageiros da Volotea afetados pela greve podem reclamar compensações entre 286,9 a 453,2 euros, conforme a distância do voo, nos termos do Regulamento (CE) n.º 261/2004.

Em Portugal, o Tribunal Arbitral definiu que durante a greve serão assegurados voos de emergência, voos-ambulância, voos militares e de Estado, voos em curso no início da greve com destino a aeroportos nacionais, voos TAP estacionados em cidades europeias, assim como ligações específicas entre Lisboa, Porto, Madeira, Ponta Delgada, Terceira, Funchal e outras regiões.

Para evitar transtornos, recomenda-se aos passageiros que cheguem ao aeroporto com antecedência (pelo menos três horas para voos europeus e quatro para intercontinentais), confirmem os voos com antecedência, prefiram viajar com bagagem de mão quando possível, e, se viável, optem por voar antes ou depois dos períodos de greve.

As informações atualizadas em tempo real estão disponíveis nas plataformas oficiais da ANA Aeroportos e das companhias aéreas.